O Hospital de Urgência de Teresina (HUT) emitiu nota de esclarecimento, nesta quarta-feira (06) sobre a intimação assinada pelo juiz Edison Rogério Leitão Rodrigues, que determinava a transferência de um paciente para a Unidade de Terapia Intensiva do hospital.
Imagem: Lucas Dias/GP1HUT
A direção do hospital ressalta que atendeu e sempre atende mandados judiciais endereçados à unidade, mas lembrou que a avaliação sobre as necessidades dos pacientes deve ser feita pela equipe médica. “Os pacientes em estado grave são reavaliados a cada seis horas, definindo-se aqueles que necessitam de terapia intensiva”, diz a nota.
Confira a nota na íntegra:
A direção do Hospital de Urgência de Teresina (HUT) vem por meio desta esclarecer que sempre atendeu e continua atendendo todos os mandados judiciais que chegam ao Hospital. O HUT possui leitos de UTI acima do recomendado pelo Ministério da Saúde, que preconiza um mínimo de 6% do total de leitos. Atualmente, o Hospital mantem 11% dos seus leitos adequados a Terapia Intensiva. A direção lamenta a situação precária da saúde no país e entende que esta conduz o poder judiciário a tomar decisões equivocadas com consequências danosas para a saúde da população, pois o método utilizado para garantir leito de UTI inexistente, está preterindo outros pacientes, cujo diagnóstico médico indica a real necessidade do referido tratamento. Os pacientes em estado grave são reavaliados a cada seis horas, definindo-se aqueles que necessitam de terapia intensiva. A aplicação dessa rotina pode modificar as prioridades entre pacientes graves no que tange a ocupação de leitos de UTI. Portanto, o critério de admissão de pacientes em leitos de UTI segue o estabelecido por protocolos médicos especializados que garantem de forma justa a manutenção de uma assistência segura a todos que necessitam de atendimento nesta área.
Entenda o caso
Ontem (05), o juiz de direito Édison Rogério Leitão Rodrigues, da 6ª Vara Cível da Comarca de Teresina, intimou o diretor do HUT ou médico plantonista responsável pela Unidade de Terapia Intensiva para que transferisse um determinado paciente para a UTI do hospital, ou de outro da rede pública ou mesmo em hospital particular, as custas do município de Teresina. Caso fosse descumprida a decisão, o médico ou o diretor deveriam ser encaminhados à polícia civil por crime de prevaricação.
OAB
O presidente da OAB-PI, Chico Lucas, se manifestou sobre o caso, demonstrando solidariedade ao médico que foi ameaçado de prisão, por um problema que não é de sua competência: a má gestão da saúde pública.
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