Foi lançado, na noite desta terça-feira (11), o filme/documentário “Torquato Neto – Todas as horas do fim”. A solenidade aconteceu no Theatro 4 de setembro, centro de Teresina. O filme contou com o apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult).
O secretário estadual da Cultura, Fábio Novo, falou sobre o evento: “Nós patrocinamos o filme, apostamos no projeto. No ano passado quando a gente foi procurado, achamos a ideia muito boa porque nós entendemos que existe uma dívida com Torquato, o Piauí conhece pouco a história de Torquato, que é muito mais conhecido lá fora. Ele é um ícone da Tropicália, ícone da cultura brasileira, ícone piauiense que é conhecido por grandes nomes como Caetano Veloso, Chico Buarque, Gal Costa, Maria Betânia, enfim. Ele [o filme] foi lançado há dois meses e está chegando hoje ao Piauí, está na fase de percorrer os festivais. Nesses dois meses já ganhou 10 prêmios, o que não é pouca coisa, isso nos enche de muito orgulho”, declarou.
“É um investimento que valeu a pena porque faz com que a gente resgate um pouco da importância do simbolismo pra cultura do que é Torquato, estamos muito contentes com a consciência do dever cumprido de que estamos contribuindo para resgatar tudo que o Torquato representa para o Piauí, para o Brasil, para a cultura. A partir de março ele vai para os cinemas e depois disso vamos distribuir para as escolas públicas”, afirmou Fábio Novo.
O cineasta Eduardo Sales falou sobre o Torquato e o filme: “Um cara que sai daqui para a Bahia, depois para o Rio, enfim passa por outras cidades, mas sempre carrega essa marca de Teresina e vive retornando e essa relação com a cidade está marcada em toda sua obra. Então, é muito especial a gente tá trazendo o filme para cá porque a cidade está muito presente, durante todo o filme a gente faz jus a esse amor que Torquato tem pela cidade, trazendo a cidade para o filme”, lembrou.
“É um filme que a gente começou no impulso de jogar luz no Torquato, um artista muito importante para Teresina e para o Brasil inteiro, um artista que participou de grandes movimentos de cultura, de transformação, de revolução, a gente só tem a cultura do jeito que ela é hoje no Brasil graças ao movimento Tropicália, do qual Torquato participou, e da Arte Marginal também sempre rompendo as formas, contestando, procurando novas experiências”, relatou o cineasta.
A governadora em exercício, Margarete Coelho, também esteve presente e falou um pouco do artista piauiense: “O Torquato é nosso anjo torto, maravilhoso, revolucionário, pessoa que trouxe nova mensagem pra nossa música, pra nossa arte, e agora eternizado pelo cinema, o Governo do Estado se sente muito feliz por ter contribuído com esse filme que conta a vida do Torquato sim, mas conta também uma vida de toda uma geração que retrata um momento da nossa história, da nossa cultura, um filme premiadíssimo”, elogiou.
Ainda nesta noite aconteceu o lançamento do livro “O Risco do Berro – Torquato Neto, Morte e Loucura”, de Isis Rost. A escritora contou um pouco sobre a história do livro: “O livro é recente, ele foi lançado agora, em novembro, na Balada Literária, em São Paulo e agora, com muito orgulho, estamos fazendo esse lançamento em Teresina, Terra de Torquato. Torquato, eu já persigo ele há algum tempo, desde os 10 anos eu tenho essa fascinação por ele e o livro é dividido em três partes com três adendos, primeiro falando da participação do Torquato na Tropicália e o segundo e terceiro capítulos seriam a morte e a loucura que eram signos fortes naquele momento e que acabaram sendo utilizados por Torquato para transformar numa energia criativa da obra dele”, explicou.
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