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Teresina - Piauí

Estudantes e professores da Uespi protestam no Palácio de Karnak

O motivo da nova manifestação foi a aprovação do Projeto de Lei do Orçamento do Estado para 2019, realizado nessa segunda-feira (17).

Hélio Aleff/GP1 1 / 12 Manifestação da Uespi em frente ao Karnak Manifestação da Uespi em frente ao Karnak
Helio Alef/GP1 2 / 12 Rodrigo Kelson, estudante de medicina da Uespi Rodrigo Kelson, estudante de medicina da Uespi
Helio Alef/GP1 3 / 12 Estudantes de psicologia da Uespi também estavam presentes Estudantes de psicologia da Uespi também estavam presentes
Hélio Aleff/GP1 4 / 12 As reivindicações também incluem o pagamento aos terceirizados As reivindicações também incluem o pagamento aos terceirizados
Hélio Aleff/GP1 5 / 12 Estudantes da Universidade Estadual do Piauí Estudantes da Universidade Estadual do Piauí
Hélio Aleff/GP1 6 / 12 Professora Lucineide Barros Professora Lucineide Barros
Hélio Aleff/GP1 7 / 12 Estudante reivindica em frente ao Karnak Estudante reivindica em frente ao Karnak
Hélio Aleff/GP1 8 / 12 Manifestação em frente ao Palácio de Karnak Manifestação em frente ao Palácio de Karnak
Hélio Aleff/GP1 9 / 12 Policiais militares fazem a segurança do Karnak Policiais militares fazem a segurança do Karnak
Hélio Aleff/GP1 10 / 12 Estudantes pregaram cartazes nas grades do Karnak Estudantes pregaram cartazes nas grades do Karnak
Hélio Aleff/GP1 11 / 12 SOS Uespi SOS Uespi
Hélio Aleff/GP1 12 / 12 Estudantes ficaram 3 horas em frente ao Karnak Estudantes ficaram 3 horas em frente ao Karnak

Estudantes da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) realizaram na manhã desta terça-feira (18) um protesto em frente ao Palácio de Karnak, no Centro de Teresina. O motivo da nova manifestação foi a aprovação do Projeto de Lei do Orçamento do Estado para 2019, realizado nessa segunda-feira (17), na Assembleia Legislativa do Piauí.

O estudante de medicina, Rodrigo Kelson, falou ao GP1 quais são as reinvindicações dos estudantes. “O SOS Uespi é um movimento que começou com uma exigência dos estudantes da Facime, que estavam vendo a universidade caindo aos pedaços. Nesse período de chuvas agora, o teto caiu, o auditório alagou, a universidade alagou e a gente começou esse movimento para falar não só da estrutura da Facime, mas também da falta de professores, da falta de laboratórios, da falta de internet. A gente viu que esse movimento não é restrito ao nosso centro, ao nosso campus. Mas todos os campus da Uespi”, relatou.


"O nosso orçamento é minúsculo, ele não contempla as nossas necessidades, nós temos diversos professores faltando, diversas disciplinas sem professores. Nós estamos com vários campus fadados ao fechamento por falta de estrutura e o governo não olha para os estudantes. Nós fomos a Assembleia Legislativa, fizeram uma manobra, votaram antes. Disseram que iam votar hoje e votaram ontem tentando desarticular o movimento. Mas nós viemos aqui hoje porque a nossa exigência não é apenas por dinheiro, não é por migalha, não é apenas por estrutura ou professor, mas pela Uespi como um todo”, completou Rodrigo Kelson.

A mobilização dos alunos recebeu o apoio do sindicato dos docentes da Universidade Estadual do Piauí. “O protesto tem o apoio do sindicato dos professores, que também estão aqui há anos sem receber o reajuste salarial, que estão em estado de greve. Ainda não decretaram greve, mas estão em estado de greve exatamente pela falta de condições de trabalho, pela falta de professores nos campus por todo o estado”, disse Rodrigo.

A professora Lucineide Barros, relatou ao GP1 as dificuldades que os professores estão enfrentando na instituição. “O SOS Uespi é um movimento que se constituiu desde 2011, no momento em que nós estávamos numa situação que sequer pincel para escrever no quadro nós tínhamos. Então foi feita toda uma movimentação no estado todo e conseguimos a partir daí a garantia da realização de um concurso e de incremento no Orçamento. No entanto, essas conquistas não representaram a melhoria de fato no quadro geral da instituição. Nós temos uma estrutura extremamente precária. Nesse momento de inverno nós temos vários tetos de sala de aula caindo, inclusive colocando em risco a vida dos estudantes” afirmou.

“Nós temos uma situação de cerca de 500 disciplinas descobertas, ou seja, não temos garantia que esse semestre letivo será fechado por falta de professores. E tão pouco temos a garantia de que a oferta do próximo semestre será uma oferta sustentável pela mesma razão. Nós tivemos um concurso que a repercussão é muito pequena diante da carência existente. Nós temos ainda professores classificados e o governo sequer aceita sentar para conversar sobre a possibilidade de chamá-los. Fora isso nós temos outras situações graves, como por exemplo a situação dos terceirizados. Nós convivemos permanentemente com um quadro que os terceirizados estão com 3 meses de salário em atraso. Esses três meses também se verifica em relação a bolsas de estudantes, bolsa de trabalho, bolso moradia, bolsa de iniciação científica. Então é uma situação muito grave”, declarou Lucineide Barros.

Reunião

Após três horas de protesto em frente ao palácio de Karnak, uma comissão de estudantes foi recebida por representantes do governo. “Nós conseguimos falar na Alepi com o relator da comissão do Orçamento e ele nos prometeu que iria olhar pela Uespi, mas ele conseguiu apenas R$ 400 mil no próximo orçamento para destinação de concurso. Fora isso nós não conseguimos nada. Nós queremos verdadeiramente a autonomia financeira e além disso, estamos aqui exigindo o olha do Ministério Público Estadual porque estamos vivendo esse ano uma situação de improbidade administrativa não só do governo do estado, mas também da administração da Uespi. Ou não tem recurso, ou o recurso não está sendo bem administrado. Nós queremos uma investigação, nós queremos a CPI da Uespi“, revelou Rodrigo Kelson.

Próximos protestos

O estudante de medicina afirmou ao GP1 que os protestos irão continuar no próximo ano. “Vamos nos mobilizar no próximo ano. Queremos ser ouvidos pelo TCU, pelo Ministério Público. Queremos realmente uma investigação para essa falta de respeito com a universidade”.

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