Estudantes da Faculdade de Ciências Médicas (FACIME) da Universidade Estadual do Piauí realizaram breve bloqueio na Avenida Frei Serafim, sentido Centro – Ponte JK, na manhã desta segunda-feira (25) reivindicando pautas próprias dentro da greve deflagrada há uma semana.
O movimento aderiu à paralisação buscando solucionar a falta de pagamento das residências médicas do Hospital Getúlio Vargas e de outros hospitais do estado.
“A gente está paralisando o internato não porque a gente quer, mas porque tem 27 preceptores que simplesmente não tem contrato com a Uespi. Eles trabalham de maneira irregular para que simplesmente não pare as atividades”, denunciou o estudante de medicina, Lucas Martins, que está no penúltimo período do curso.
De acordo com o estudante, cada aluno no final dos estudos atende em média sete pessoas nos internatos. Com a paralisação das aulas, as atividades nos hospitais serão prejudicadas com a ausência dos discentes.
“São 100 estudantes de internato na Uespi, então vão ser durante todo esse período de paralisação, entre 500 a 700 pessoas que vão estar sub-assistidas ou desassistidas nos hospitais, além disso vão ser prejudicadas consultas ambulatoriais e cirurgias”, relatou Lucas.
Na ocasião, os estudantes realizaram um abraço coletivo no hospital HGV, além de uma passeata com cartazes contendo palavras de ordem contra o governador Wellington Dias.
“Se você pegar um histórico de todas as greves que envolveram o curso de medicina não só aqui no Piauí, mas em todo o Brasil, em geral todo o curso para, mas o internato continua funcionando. Porque é um transtorno muito grande para reajustar calendário uma vez que nesses dois anos praticamente não há férias quanto para a própria sociedade”, finalizou o estudante.
Greve de alunos e professores
Professores e alunos da Universidade Estadual do Piauí deflagraram na manhã da última segunda-feira (18) uma greve por tempo indeterminado em todos os campi da instituição. Durante toda a semana passada, os grevistas realizaram várias manifestações no campus Pirajá, chegando inclusive a ocupar a sala da reitoria na quinta-feira (21).
Os professores reivindicam o cumprimento dos Planos de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), que implica em uma implantação imediata de progressões, promoções e mudanças de regime de trabalho. Já os alunos, reivindicam autonomia financeira, assistência e permanência estudantil e contratação de professores.
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