Ainda é considerado grave o estado de saúde do bebê de apenas um mês, que deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Promorar no último sábado (14), após ser agredido pelo próprio pai no Parque Vitória, na zona sul de Teresina.
Devido à quantidade de ferimentos, ele teve que ser transferido para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT), onde passou por um desbridamento, procedimento para remoção de tecidos mortos, ainda na tarde de ontem. No entanto, de acordo com a assessoria da unidade, o quadro clínico do recém-nascido segue estável.
Entenda o caso
Plantonistas do Hospital do Promorar acionaram a Polícia Militar no último sábado, depois que uma mãe, não identificada, procurou a unidade de saúde com um recém-nascido com marcas de agressão, principalmente, na região da boca.
De acordo com a conselheira tutelar, Maria do Carmo, ao ser indagada sobre o que havia acontecido com a criança, a mãe informou que acordou no sábado e se deparou com o filho ensanguentado. “Depois de ter passado a noite bebendo com o companheiro ela [mãe] ‘apagou’. Quando acordou cedo, a criança começou a chorar e ela viu o bebê todo melado de sangue; entrou em desespero. A mãe enrolou a criança em um lençol, foi até a casa de um parente e depois para o Hospital de Promorar”, contou.
Ainda de acordo com a conselheira, quando chegou ao hospital, a mãe não soube dizer o que realmente havia acontecido e levantou suspeita da equipe pediátrica. “Chamaram a polícia, que acompanhou a mãe até na residência para ir atrás do companheiro, mas ele estava na casa de um parente no Promorar. Ele não teve reação nenhuma”, frisou.
Prisão preventiva
A coordenadora da Central de Flagrantes de Teresina, delegada Ana Luiza, informou que no dia seguinte ao crime o pai, Francisco das Chagas Vieira Batista, foi encaminhado para a Audiência de Custódia, onde a prisão em flagrante foi convertida em preventiva. “Ele foi autuado por tentativa de homicídio e a prisão foi convertida devido à gravidade do caso e, também, por ele coabitar com a criança”, contou.
A delegada informou ainda que a mãe confessou que o acusado fez uso de crack no dia da agressão. “A mãe relata que, além do álcool ele teria feito uso de crack naquela noite, então provavelmente ele fez essa barbárie em razão do entorpecente”, pontuou.
As investigações sobre o caso foram repassadas para a Delegacia de Proteção à Criança a ao Adolescente - DPCA.
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