A deputada estadual Flora Izabel contou em entrevista ao GP1 os desafios enfrentados durante sua jornada na política. A petista iniciou sua luta na Universidade Federal do Piauí, na década de 80, foi eleita vereadora duas vezes e está em seu quinto mandato como deputada estadual.
Flora foi a autora do projeto de lei que aumentou a licença maternidade das servidoras estaduais de 4 para 6 meses. A justificativa, segundo a deputada, foi que as crianças ficariam impossibilitadas de ser amamentadas o tempo indicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) caso as mães tivessem que retornar ao trabalho.
“As servidoras públicas do Piauí têm seis meses de licença maternidade, uma lei de minha autoria. Eu falei com o governador e falei com a Assembleia que a Organização Mundial da Saúde diz que as crianças têm que mamar seis meses e em quatro meses temos que voltar ao trabalho? Eu dizia isso porque eu era militante, trabalhava de manhã e de tarde, a noite estudava e tinha três filhos”, explicou.
A deputada, que atuou muito tempo ao lado de Francisca Trindade (in memoriam), disse que também enfrentou homens que mesmo dentro do PT ainda tinham preconceito com as mulheres. “Metade de todos os diretórios do Piauí tinha que ser com mulheres. Como o movimento de mulheres era muito forte no PT, nós nos organizávamos para enfrentar os homens do nosso partido, os que ainda tinham preconceito e discriminavam”, continuou.
Sobre a cota mínima de 30% das vagas em chapas para mulheres, a deputada defendeu que as mulheres disputem apenas entre si, tendo obrigatoriamente 30% das cadeiras as assembleias, Câmaras e Senado.
“Não queremos só 30% das vagas, não queremos só o direito de disputar, queremos ter o direito efetivo da cadeira. Então separa: tem as cadeiras das mulheres e as cadeiras dos homens. As mulheres não vão disputar com todos os homens. De dez vagas, sete vagas são disputadas pelos homens e três pelas mulheres para as mulheres poderem ter assento”, disse.
Ver todos os comentários | 0 |