Amigos e familiares se despediram, nesta sexta-feira (31), do delegado aposentado da Polícia Civil do Piauí, Francisco Carlos Bonfim Filho, 59 anos, que morreu nesta madrugada no HTI Sul, após complicações referentes a diabetes. O velório aconteceu durante toda a tarde na Pax União e às 17h30 o cortejo sai em direção ao cemitério Jardim da Ressurreição, na zona sudeste de Teresina onde o corpo foi enterrado.
O delegado Barêtta, coordenador do DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa, esteve no velório, falou de Bonfim Filho e enalteceu sua dedicação ao trabalho. "É uma perda irreparável. Não é porque faleceu, mas Bonfim foi um homem que se dedicou como policial civil, quando ele chegou, eu já estava”, afirmou.
Barêtta lembrou ainda da infância que compartilhou junto com Bonfim. “Coincidentemente, a mãe e o pai dele são meus padrinhos de batismo e nós tivemos uma convivência desde a infância. Eu conheço ele muito bem, um cidadão de bem, dedicado, comprometido, correto, nunca desviou a conduta, honrou a instituição”, declarou.
“Hoje, Teresina, o estado do Piauí, sabem quem é o delegado Bonfim. Eu me orgulho muito quando eu participei de um encontro de delegados de polícia certa vez em Alagoas e outra vez em Pernambuco, em Recife e lá os colegas delegados perguntavam por ele. Quer dizer: ele levou além dos limites do estado do Piauí, o nome da Polícia Civil. Acho que isso deve servir de exemplo pra essa nova geração que tá vindo aí", destacou.
Dr. Pessoa, médico e ex-deputado estadual, também lamentou a morte do delegado e falou da época que morou com Bonfim Filho, no Rio de Janeiro. "Quando eu vim do interior com as unhas cheias de terra, com 15 anos, eu fui pro Rio de Janeiro e morei num lugar onde o pai dele morou, quando ele foi fazer curso de comando para comandar a Polícia Militar do Piauí, então eu passei um ano levando o Bonfim Filho e a irmã dele para a escola”, disse.
“Essa lacuna, esse vazio daqui do estado, em especial Teresina, é difícil de preencher, todos nós sabemos que tem bons delegados, mas ele foi um delegado ímpar, ele era delegado de manhã, de tarde e de noite, então é difícil ocupar o espaço do perfil, da dignidade, da honestidade do Bonfim Filho, uma grande perda para o Piauí e para toda a polícia do Brasil”, finalizou.
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