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Política

Conselho de Ética retoma debate sobre processo de Cunha

Após Cunha pedir a troca do relator do processo, Conselho de Ética retoma debate sobre a quebra de decoro do presidente da Câmara.

Nesta terça-feira (8) o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados retomou os debates sobre o parecer da liminar do relator, Fausto Pinato (PRB-SP), que pede a continuação das investigações sobre o atual presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

O presidente da Câmara é alvo de investigação da Operação Lava Jato, suspeito de quebra de decoro parlamentar por afirmar não ter contas bancárias fora do Brasil, durante a CPI da Petrobras.
Imagem: Carolina CruzFausto Pinato recomenda abertura de ação contra Eduardo Cunha(Imagem:Carolina Cruz)Fausto Pinato continua sendo relator do processo

Em setembro, foram enviados ao Brasil, documentos que comprovam as contas de Eduardo Cunha no país. Para se justificar, ele alegou não ser “dono” das contas, mas sim “usufrutuário”, pois elas são administradas por trustes.

Aliados de Cunha tentaram durante três semanas usar manobras regimentais para tentar atrasar o andamento do processo no conselho. José Carlos Araújo (PSD-BA), presidente do conselho, admitiu que a votação do parecer poderá ficar para quarta-feira (9).

Troca de relator


Eduardo Cunha entrou com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo concessão de liminar para troca de relator no processo contra ele no Conselho de Ética. Fausto Pinato (PRB-SP), relator do processo, é a favor ao prosseguimento do processo de Cunha.

A defesa de Cunha afirma que a continuidade do processo sob relatoria de Pinato "causa prejuízo irreparável e irreversível ao impetrante, uma vez que futura decisão por relator que poderá, posteriormente, ser considerado suspeito, terá efeitos devastadores".

Reunião do Conselho de Ética

O início da reunião do Conselho de Ética, na tarde desta terça-feira (8), foi marcado por um bate boca entre os parlamentares. O deputado Cacá Leão (PP-BA), que se posiciona contra o relatório de Pinato, afirma que o caso deve ser analisado com a razão e não com a emoção.

Carlos Marun (PMDB-MS), afirmou que a representação contra Eduardo Cunha não se sustenta e pede voto contra admissibilidade do processo, defendendo que os parlamentares tem direito à ampla defesa.

João Carlos Bacelar (PR-BA) também acredita que a acusação contra Cunha não tem “provas cabais” e pediu cautela para que injustiça não seja cometida. Já o deputado do PT, Valmir Prascidelli (SP), disse que os deputados não tem a “menor condição de honra” de criticar o PT.

Defesa ferrenha

O deputado Paulinho da Força (SD-SP) afirmou votar com Eduardo Cunha “em qualquer situação” e afirmou que o presidente da Casa “não tem culpa no cartório”, visto que ele abriu todas as CPIs que foram apresentadas.

Críticas à Dilma


Paulino da Força (SD-DP) ainda criticou a presidente Dilma por ter “tirado o direito dos trabalhadores” em seu segundo mandato e por ter “destruído a economia brasileira”. O deputado ainda afirmou que o processo contra Cunha é apenas uma manobra do Planalto para sair dos holofotes. “Eles se defendem atacando, atacando a honra dos outros”, disse.

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