O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar decidiu, nesta terça-feira (8), arquivar denúncia contra a senadora Regina Sousa (PT-PI) e outras cinco senadoras que ocuparam a Mesa do Plenário para tentar impedir a votação da reforma trabalhista, no dia 11 julho. A denúncia foi apresentada por José Medeiros (PSD-MT) com o apoio de outros 14 senadores, incluindo os piauienses Ciro Nogueira e Elmano Férrer.
José Medeiros disse que as senadoras ocuparam a Mesa durante a sessão no Plenário, impedindo o trabalho da Presidência do Senado para barrar a votação de uma matéria importante. “A imagem dessas senadoras almoçando na Mesa, essa cena ridícula, rodou o mundo. Estamos de diante de fatos que precisavam ser punidos para que, de forma pedagógica, o Senado reassuma seu papel e o seu tamanho”, criticou.
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1 Senadora Regina Sousa
O presidente do Conselho de Ética, senador João Alberto Souza (PMDB-MA) submeteu ao Plenário a questão de ordem do senador Humberto costa (PT-PE) de reconsiderar a denúncia em desfavor das senadoras Ângela Portela (PDT-RR), Fátima Bezerra (PT-RN), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Lídice da Mata (PSB-BA), Regina Sousa (PT-PI) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).
Doze senadores votaram pelo arquivamento, dois votaram contra e houve uma abstenção. Os senadores Airton Sandoval (PMDB-SP) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA) votaram contra o arquivamento e a abstenção foi do corregedor do Senado, Roberto Rocha (PSB-MA).
Apesar de a maioria ter votado pelo arquivamento da denúncia, houve muitas críticas ao comportamento das senadoras. Eduardo Amorim (PSC-SE) disse que “perdoava desta vez”, mas discordou do “mau costume” da oposição.
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