O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), disse nesta segunda-feira, 5, que deu "carta branca de 100%" para o seu futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, mas que em situações de discordância, eles terão de chegar a um "meio-termo". Como exemplo, citou a questão da redução da maioridade penal, que defende.
"Na conversa que tive rapidamente com Sérgio Moro, de 40 minutos, dei carta branca para ele tratar de assuntos de corrupção e crime organizado, 100%. Não vai ter indicação na Polícia Federal. É carta branca, 100%", declarou, em entrevista à Band, lembrando que muitos dos assuntos controversos ainda passarão pela Justiça. "Naquilo que nós somos antagônicos, vamos buscar o meio-termo. Sou favorável à posse de arma; se a ideia dele for o contrário, tem que chegar a um meio-termo", afirmou.
- Foto: Wilton Junior/Estadão ConteúdoJair Bolsonaro
Ele citou bandeiras de campanha, como a redução da maioridade penal e a flexibilização do Estatuto do Desarmamento, e disse que elas não serão deixadas de lado mesmo que Moro pense de forma oposta. Ao falar do direito à posse de arma, disse: "Nunca deixei de dormir com arma de fogo do lado".
Bolsonaro comentou políticas para redução da violência urbana e declarou ser favorável ao uso de drones com armamento acoplado, defendido pelo governador eleito do Rio, Wilson Witzel (PSL). "Vocês da mídia dizem que vivemos em guerra. Sou a favor porque não tem outro caminho. Do outro lado tem alguém atirando à vontade. Como você põe um ponto final?"
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