O coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Francisco Costa, o ‘Barêtta’, revelou ao GP1 que quatro pessoas participaram do assassinato que vitimou um homem identificado como João Luís Moreira de Oliveira, de 49 anos. Ele foi encontrado morto e amarrado na manhã do último sábado (16), dentro da própria casa, no bairro Redonda, zona sudeste de Teresina. A suspeita é de que um dos suspeitos marcou um encontro com a vítima.
A informação foi repassada por uma das testemunhas ouvidas pela equipe de investigação. “O delegado Jarbas já identificou os quatro indivíduos, inclusive uma mulher. Eles além de matarem o rapaz, ainda subtraíram alguns objetos da residência dele. Uma testemunha importante foi a vizinha, que é dona de um bar, a vítima esteve lá no final da tarde e adquiriu três cervejas de litro e disse que estava esperando um ‘bofe’. A mulher até alertou que era perigoso levar uma pessoa que não conhece para dentro de casa”, afirmou o delegado.
- Foto: Helio Alef/GP1Delegado Barêtta
"O que nós pudemos observar nas imagens que obtivemos é que chegou primeiro uma parte do grupo depois a outra. Inclusive um desses indivíduos já era conhecido dele, mas me parece que ele ainda seria apresentado para a pessoa que ele marcou esse encontro, inclusive tem uma mulher, nós vamos ver qual é a função dela nessa ação criminosa. Vamos ver se todos eles participaram do crime. Evidentemente que temos uma ligeira impressão que todos participaram, agora qual o grau ainda não sabemos", relatou.
O delegado garantiu que os suspeitos serão presos em breve. "Nós temos inclusive a imagem de um casal usando drogas nas proximidades da casa, depois entra na casa, sai e todos eles estão devidamente identificados e vão ser presos nos próximos dias, é questão de tempo", completou.
Asfixia
O laudo pericial confirmou que a causa da morte de João Luís foi por asfixia. O exame ainda revelou que a vítima pode ter sofrido uma forte pancada na cabeça. Os indivíduos utilizaram, possivelmente, uma garrafa para praticar o ato violento e há suspeitas de que o homem foi torturado antes de ser morto.
“Segundo o perito, ele morreu por asfixia, mas também tinha uma garrafa quebrada como se ele tivesse pegado uma grande pancada na cabeça. Então tudo isso vai ser avaliado, quem fez a ação direta, quem deu apoio ou se todos participaram concomitantemente. Tudo isso vai ser avaliado na investigação. Em menos de 24 horas do nosso conhecimento, o caso está devidamente elucidado, com os indivíduos identificados. Mas eu posso afirmar que eles já estão presos, só não estão encarcerados, mas a liberdade deles já está cerceada. Onde eles estiverem eles estão sendo cassados”, informou Barêtta.
Agiotagem
Os policiais do DHPP constataram também que João Luís era agiota. “Esse rapaz, ao que parece, o meio de vida dele era ser agiota, emprestava dinheiro a juros. Uma pessoa que empresta dinheiro tem uma estrutura boa, a casa dele era bem estruturada. É um caso dificultoso, mas nós trabalhamos intensamente e estamos com os indivíduos devidamente identificados”, ressaltou o delegado.
Latrocínio
Diversos objetos foram roubados da residência da vítima após o homicídio. Entretanto, as investigações ainda não comprovaram foi, de fato, um latrocínio. “Com a subtração dos materiais, você imagina que houve um roubo seguido de morte, mas com a prisão desses indivíduos nós vamos esclarecer se eles tinham a intenção de matar para roubar ou mataram e roubaram, porque muitas vezes o indivíduo, depois de matar o sujeito, resolver roubar. Aí você já não tem um roubo seguido de morte, você tem um crime de homicídio qualificado em concurso de material com furto, que já não é roubo”, concluiu Barêtta.
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