O deputado Assis Carvalho (PT) entrou em contato com o GP1 neste domingo (19) e afirmou que são falsas as declarações do deputado estadual B. Sá Filho (PP) de que seu grupo político votou em Wellington Dias (PT) nas eleições de 2018.
A polêmica entre os parlamentares se iniciou na quinta-feira (16) quando B.Sá Filho demonstrou irritação quanto ao critério de escolha de Wellington Dias para indicação de cargos nos hospitais do interior do estado e disse que esse critério beneficiava Assis. Então na sexta-feira (17), Assis Carvalho rebateu a declaração e afirmou que o grupo de B. Sá Filho não votou em Wellington e que apoiou Luciano Nunes (PSDB) nas eleições de 2018 para o governador do Estado. O petista disse ainda que a sua militância não poderia ser questionada, diferente da do deputado estadual. Ele ainda pediu provas do apoio do grupo de B. Sá a Wellington na eleição.
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1 Assis Carvalho
Já nesse domingo (19), para provar que apoiou a candidatura de Wellington, o deputado B. Sá Filho divulgou um áudio que dura quase 15 minutos, onde o seu pai, o atual Coordenador de Irrigação do Estado, B. Sá, faz algumas ressalvas a gestão de Wellington, mas arremata pedindo voto para o governador do Estado.
Agora o deputado Assis Carvalho encaminhou ao GP1 um áudio impublicável do secretário de Governo de Oeiras Junior Sá, mais conhecido como Boca Preta, que é sobrinho de B. Sá, onde ele fala vários palavrões e xinga o governador. Segundo o deputado federal Assis Carvalho, todos em Oeiras sabem que o grupo de B. Sá apoiou Luciano Nunes. Ele destacou que se o prefeito ou grupo político conhecido como Bocas Pretas de Oeiras, não concordasse com o posicionamento de Júnior Sá contra o governador, ele ainda não estaria como secretário de governo.
“Depois de minhas críticas em Oeiras, o B. Sá encerrou a campanha do filho dizendo que decisão estava tomada: votaria em Wellington por gratidão mesmo diante de tantas reclamações ditas no discurso. Mas no encerramento da campanha, a base dele já tinha decidido votar em Luciano Nunes e o vereador Nilson Miranda votou em Dr. Pessoa. Ora! Se nenhum vereador votou em Wellington, nenhum secretário [votou], então o voto de B. Sá foi pessoal. Isso [do grupo não apoiar Wellington] não é segredo em Oeiras”, explicou o parlamentar.
- Foto: Lucas Dias/GP1B. Sá Filho
Assis disse ainda que no áudio de B. Sá que foi divulgado, é possível perceber que o grupo político não apoia o governador. “Na própria fala do B. Sá publicada ele se condena. Diz que vota em Wellington Dias e ninguém aplaude. Quando critica recebe aplausos. Então Luciano Nunes e Dr. Pessoa receberam votos de base de B. Sá e base dos Tapetys”, destacou o deputado federal.
O impasse
A indicação da direção do hospital da cidade de Oeiras foi a causa do desentendimento entre Assis e os Bocas Pretas. O deputado do PT pretende continuar indicando o comando da unidade de saúde, mas, os B. Sá se acham no direito de fazer essa sugestão por terem sido os mais votados no Município.
Assis por sua vez, garantiu que o grupo do parlamentar progressistas teria trabalhado por Luciano Nunes, à época candidato a governador, e não por Wellington Dias.
- Foto: Helio Alef/GP1B. Sá
Mudança de critério
A situação esquentou ainda mais depois que começou a circular uma mudança de critério para escolha de diretores dos hospitais regionais do Estado. Foi falado a princípio, que a quantidade de votos de cada parlamentar pesaria de maneira prioritária no momento das indicações, além claro, da fidelidade a Wellington Dias. Porém, nos últimos dias isso teria mudado e o quesito técnico passaria a ter maior valor na escolha dos diretores dessas unidades de saúde.
B. Sá Filho reagiu e disse que não poderia ser prejudicado por não ter a “pele vermelha” em referência a Assis Carvalho que é do PT.
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