A arrecadação de impostos, contribuições e demais receitas federais registrou alta real (descontada a inflação) de 1,33% em agosto, na comparação com o mesmo mês de 2019, e somou R$ 124,505 bilhões. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira, 1º, pela Secretaria da Receita Federal.
O resultado de agosto ano representa o primeiro crescimento real da arrecadação, na comparação com o mesmo período do ano anterior, desde janeiro. Em agosto de 2019, a arrecadação havia somado R$ 122,876 bilhões (corrigida pela inflação).
Os números oficiais também mostram que o resultado foi o maior para meses de agosto desde 2014 - quando somou R$ 127,405 bilhões. Os valores foram corrigidos pela inflação.
De acordo com a Receita Federal, o comportamento da arrecadação de agosto foi influenciado pelo recolhimento das parcelas que tinham sido adiadas de tributos como PIS/Cofins, contribuição patronal e parcelamentos especiais.
A receita do PIS/Cofins, por exemplo, teve alta real de 16,28% no mês passado (para R$ 31,811 bilhões) na comparação com agosto de 2019, porque os contribuintes pagaram contribuições com vencimento em abril (período de apuração, março) somente nesse mês, por força das medidas relacionadas à pandemia do coronavírus.
O mesmo aconteceu com a arrecadação previdenciária, que subiu 13,74% em termos reais, para R$ 40 bilhões. "Esse resultado pode ser explicado pelo fato de que em agosto de 2020 foi paga a parcela do diferimento da Contribuição Previdenciária Patronal relativa ao mês de abril de 2020 e dos parcelamentos especiais relativos ao mês de maio de 2020, e também pelo aumento das compensações tributárias", informou o Fisco.
No acumulado do ano até agosto, a arrecadação federal somou R$ 906,461 bilhões, o menor volume para o período desde 2010, com as receitas foram de R$ 905,848 bilhões. O montante ainda representa um recuo real de 13,23% na comparação com igual período de 2019.
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