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Saúde

Anvisa adota medidas em aeroportos para prevenir coronavírus

A agência reguladora aumentou a rigidez no monitoramento dos voos internacionais vindos de países onde há casos confirmados da doença.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou o protocolo de medidas adotadas nos aeroportos e portos brasileiros em relação ao novo coronavírus, visando a prevenção da transmissão no país, após a confirmação do primeiro caso em São Paulo (SP).

De acordo com a assessoria de comunicação da Anvisa, o trabalho da agência nos pontos de entrada do país tem três objetivos específicos: garantir a adoção das medidas preventivas para a comunidade aeroportuária e portuária; fazer com que os procedimentos de desinfecção e limpeza de aeronaves e navios sejam realizados corretamente; e encaminhar os casos de pessoas que estejam manifestando sintomas.


  • Foto: Lucas GondimAeroporto de TeresinaAeroporto de Teresina

Diante do exame preliminar que deu resultado positivo para coronavírus (Covid-19) em um passageiro que veio da Itália para o Brasil, a Anvisa solicitou à companhia aérea a lista de passageiros que estavam no mesmo voo do cidadão com resultado positivo para coronavírus. “O documento será encaminhado ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) para investigação de outros passageiros do voo que tiveram contato com o caso suspeito”, diz a nota encaminhada pela autarquia vinculada ao Ministério da Saúde.

A agência reguladora também aumentou a rigidez no monitoramento dos voos internacionais vindos de países onde há casos confirmados da doença.

O que acontece nos aviões e aeroportos quando há um caso suspeito

A Anvisa apresenta inúmeras orientações que devem ser seguidas nos aeroportos e aviões, no caso de detecção de algum caso suspeito do novo coronavírus. Uma delas é a de que o comandante da aeronave deve comunicar à autoridade sanitária se houver suspeita no voo. Também é responsabilidade do comandante a adoção de medidas para isolar a pessoa dos demais passageiros.

A agência elenca as principais orientações sobre como agir frente a casos suspeitos, de acordo com a competência de cada agente aeroportuário.

Comunidade aeroportuária

Informar ao Centro de Operações de Emergências (COE) do aeroporto sobre qualquer caso suspeito, em qualquer área do aeroporto, seja passageiro, tripulante ou outra pessoa.

Serviço Médico

Realizar o atendimento do caso, em conjunto com a autoridade sanitária; avaliar os critérios clínicos para enquadramento como caso suspeito, de acordo com a definição do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde; garantir que os profissionais de saúde usem equipamentos de proteção individual (EPIs) antes de realizar o atendimento; e levar o caso suspeito ao posto médico ou local de triagem, em área restrita, evitando o trajeto por áreas com grande movimento de pessoas.

Administração aeroportuária

Disponibilizar área de triagem, em caso de necessidade de separação dos casos suspeitos; verificar junto à Polícia Federal (PF) e à Receita Federal (RF) a forma de efetuar o controle migratório e alfandegário do caso suspeito e das demais pessoas que tiveram contato com a pessoa; supervisionar e garantir a realização da limpeza e desinfecção de áreas e equipamentos sob sua responsabilidade; supervisionar e garantir a realização da limpeza e desinfecção das ambulâncias e/ou ônibus empregados no transporte dos casos suspeitos; e adotar medidas para o manejo do lixo e esgoto provenientes do atendimento.

Operadores de aeronaves

Fornecer a lista de viajantes com as informações solicitadas pela autoridade sanitária; acompanhar o passageiro isolado, com suspeita de caso, até o hospital referenciado, quando necessário e conforme orientação da autoridade sanitária; apoiar a autoridade sanitária na comunicação junto aos viajantes; e impedir o embarque do caso detectado no momento do check-in ou nos portões de embarque, informando ao COE para que sejam adotadas as medidas necessárias.

A Anvisa reforça que cada caso deverá ser criteriosamente avaliado e, quando for necessário, serão promovidas ações conjuntas pelas vigilâncias sanitária e epidemiológica, de acordo com o plano de contingência do aeroporto.

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