A Rede Ambiental do Piauí (Reapi) e a promotora de justiça do Ministério Público Estadual, Carmem Almeida,decidiram boicotar o encontro que vai acontecer nesta sexta-feira (25) às 19 horas, na sede da OAB-Piauí para discutir a existência ou não de remanescentes de Mata Atlântica no Piauí. O encontro faz parte da Sexta Ambiental, quando os advogados se reúnem para discutir temas de relevância para o Estado.
O boicote ao encontro se deve a suposta manipulação do evento por parte da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Semar), através do secretário Dalton Macambira, que segundo os ambientalistas, escolheu a dedo todos os participantes do evento. "Vamos denunciar para sociedade o papel do Macambira na destruição dos nossos ecossistemas", disse a coordenadora da Reapi, jornalista Tânia Martins.
Para ela, o encontro não passa de uma palhaçada, pois nada de novo será discutido. "O Dalton indicou a Eugênia Medeiros, que vai representar o ICMBio; o professor Alberto Jorge, que diz representar a UFPI; e o Carlos Moura Fé, que é coordenador da Semar, todos eles
defensores de que a Lei da Mata Atlântica não deve ser aplicada no Piauí", garante a jornalista.
Para o Ministério Público Estadual, a OAB foi manipulada ao aceitar realizar um evento apenas com os indicados pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente. A promotora Carmem Almeida foi a única pessoa convidada como defensora da aplicação da Lei da Mata Atlântica no Piauí. "Tentamos trazer uma representante do Ministério do Meio Ambiente para falar tecnicamente sobre o assunto, mas infelizmente não foi possível agendar sua participação. Dessa forma, também vamos cancelar nossa presença", disse a promotora.
Já a Universidade Federal do Piauí (UFPI), alega que o professor Alberto Jorge não pode utilizar o nome da instituição sem a prévia autorização. O trabalho que o professor Alberto Jorge vai apresentar no encontro da OAB foi realizado a pedido da Fundação Desert, que por sua vez foi contratada pela empresa JB Carbon S/A, para fazer os levantamentos na área da Serra Vermelha, onde está sendo implantado o projeto Energia Verde de produção de carvão vegetal. "Dessa forma, esse estudo não tem validade", explica Tânia Martins.
Para o ambientalista Francisco Soares, da Fundação Rio Parnaíba (Furpa), a Eugênia Medeiros deveria medir suas palavras, pois como representante de um órgão federal que trata da conservação do meio ambiente, ela não poderia ficar falando impropérios ao deus dará. "Isso tem consequencias e vamos levar todas essas atitudes e posturas a ministra Izabela Teixeira do MMA e aos representantes do Conama", garantiu.
A Reapi informa que vai preparar um outro grande evento, em data ainda incerta, para dessa vez sim, tratar de forma profissional o imbróglio da Mata Atlântica no Piauí. "Queremos apenas que a Lei seja cumprida, afinal vivemos num Estado de direito, e quem não obedece as leis deveria ser penalizado, como é o caso do Dalton Macambira", finaliza Tânia Martins.
O outro lado
A equipe do GP1 conversou com o presidente da OAB-Piauí, Sigifrói Moreno, sobre as denúncias. Sigifrói negou qualquer envolvimento com o evento que acontece na sede da Oab-PI. "O evento não é nosso, apenas cedemos a sede da OAB para sua realização", disse Sigifrói a nossa reportagem e finalizou: "Nós não estamos sendo manipulados, porque simplesmente nós não estamos organizando esse evento".
O boicote ao encontro se deve a suposta manipulação do evento por parte da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Semar), através do secretário Dalton Macambira, que segundo os ambientalistas, escolheu a dedo todos os participantes do evento. "Vamos denunciar para sociedade o papel do Macambira na destruição dos nossos ecossistemas", disse a coordenadora da Reapi, jornalista Tânia Martins.
Para ela, o encontro não passa de uma palhaçada, pois nada de novo será discutido. "O Dalton indicou a Eugênia Medeiros, que vai representar o ICMBio; o professor Alberto Jorge, que diz representar a UFPI; e o Carlos Moura Fé, que é coordenador da Semar, todos eles
defensores de que a Lei da Mata Atlântica não deve ser aplicada no Piauí", garante a jornalista.
Para o Ministério Público Estadual, a OAB foi manipulada ao aceitar realizar um evento apenas com os indicados pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente. A promotora Carmem Almeida foi a única pessoa convidada como defensora da aplicação da Lei da Mata Atlântica no Piauí. "Tentamos trazer uma representante do Ministério do Meio Ambiente para falar tecnicamente sobre o assunto, mas infelizmente não foi possível agendar sua participação. Dessa forma, também vamos cancelar nossa presença", disse a promotora.
Já a Universidade Federal do Piauí (UFPI), alega que o professor Alberto Jorge não pode utilizar o nome da instituição sem a prévia autorização. O trabalho que o professor Alberto Jorge vai apresentar no encontro da OAB foi realizado a pedido da Fundação Desert, que por sua vez foi contratada pela empresa JB Carbon S/A, para fazer os levantamentos na área da Serra Vermelha, onde está sendo implantado o projeto Energia Verde de produção de carvão vegetal. "Dessa forma, esse estudo não tem validade", explica Tânia Martins.
Para o ambientalista Francisco Soares, da Fundação Rio Parnaíba (Furpa), a Eugênia Medeiros deveria medir suas palavras, pois como representante de um órgão federal que trata da conservação do meio ambiente, ela não poderia ficar falando impropérios ao deus dará. "Isso tem consequencias e vamos levar todas essas atitudes e posturas a ministra Izabela Teixeira do MMA e aos representantes do Conama", garantiu.
A Reapi informa que vai preparar um outro grande evento, em data ainda incerta, para dessa vez sim, tratar de forma profissional o imbróglio da Mata Atlântica no Piauí. "Queremos apenas que a Lei seja cumprida, afinal vivemos num Estado de direito, e quem não obedece as leis deveria ser penalizado, como é o caso do Dalton Macambira", finaliza Tânia Martins.
O outro lado
A equipe do GP1 conversou com o presidente da OAB-Piauí, Sigifrói Moreno, sobre as denúncias. Sigifrói negou qualquer envolvimento com o evento que acontece na sede da Oab-PI. "O evento não é nosso, apenas cedemos a sede da OAB para sua realização", disse Sigifrói a nossa reportagem e finalizou: "Nós não estamos sendo manipulados, porque simplesmente nós não estamos organizando esse evento".
Imagem: ReproduçãoSigifrói Moreno
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