Após retomar o mandato parlamentar, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou nesta quarta-feira (18) durante pronunciamento no plenário que é vítima de uma "ardilosa armação" e que provará inocência. De acordo com o G1, o tucano havia sido por determinação da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria-Geral da República. Contudo, na última terça-feira (17), o plenário do Senado derrubou o afastamento por 44 votos a 26. O senador se disse vítima de uma armação comandada por empresários, que "enriqueceram às custas do dinheiro público", e "corroborada por homens de Estado".
"Será no exercício do meu mandato que irei me defender das acusações absurdas e falsas que tenho sido alvo. Vítima de uma ardilosa armação, uma criminosa armação", assegurou ele. Apesar de toda lamentação, o tucano disse que não tem rancor ou ódio.
- Foto: André Dusek/Estadão ConteúdoAécio Neves
"Fui alvo dos mais vis ataques nos últimos dias, mas não retorno a esta Casa com rancor e com ódio. Vim acompanhado da serenidade dos homens de bem e daqueles que conhecem a sua própria história. E a minha história é digna", declarou.
O caso
Com base nas delações de executivos do grupo J&F, que controla a JBS, Aécio Neves foi denunciado pela PGR pelos crimes de corrupção passiva e obstrução de Justiça. Segundo a Procuradoria-Geral, o senador recebeu R$ 2 milhões de propina da JBS. A procuradoria garante ainda que o senador atuou em conjunto com o presidente Michel Temer para impedir o andamento da Operação Lava Jato.
Desde maio deste ano, quando foi afastado do mandato pela primeira vez, Aécio Neves está licenciado da presidência do PSDB. O senador Tasso Jereissati está na direção da legenda.
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