O senador Aécio Neves, presidente afastado do PSDB, afirmou neste sábado (11), que o partido deverá, em breve, sair do governo de Michel Temer. Ele defendeu, porém, que a sigla defina o momento certo para a saída.
A declaração ocorre dois dias depois de destituir o senador Tasso Jereissati (CE), da presidência interina do PSDB. Segundo Aécio, há no partido uma “falsa discussão” sobre a permanência ou debandada dos tucanos da Esplanada dos Ministérios.
“Vejo uma falsa discussão, como se essa fosse a questão central: sai ou não do governo. Isso só serve aos interesses de uma eleição interna. Não posso aceitar a pecha de que a presença do PSDB no governo é fisiológica”, afirmou.
- Foto: Dida Sampaio/Estadão ConteúdoAécio Neves
Segundo ele, há no PSDB “um convencimento de todos” de que está chegando o momento de deixar o governo. "Há um convencimento de todos nós que está chegando o momento de realmente da saída. E quero aqui sugerir aos dois candidatos colocados, o governador Marconi Perillo e o senador Tasso Jereissati, que convoquem os ministros do PSDB para uma reunião e definam com eles, de forma clara, o momento desta saída. Vamos sair pela porta da frente. Da mesma forma que entramos", pediu o senador.
Em relação a destituição de Tasso e a indicação do ex-governador Alberto Goldman para ocupar a presidência interina do partido, Aécio afirmou que agiu “com a responsabilidade de sempre”.
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