Por volta das 20h dessa quarta-feira (29), a ex-primeira-dama do Rio de Janeiro, Adriana Ancelmo chegou ao seu apartamento no Leblon, onde ficará para cumprir a prisão domiciliar. A mulher de Sérgio Cabral deixou o Complexo Penitenciário de Gericinó (Bangu), conduzida pela Polícia Federal em um veículo identificado, escoltado por outro.
Houve protestos tanto na saída da penitenciária, quanto na chegada de Adriana em seu apartamento. Na porta do prédio, havia cerca de 40 pessoas quando ela chegou. Muitos chamaram Adriana de “ladra” e outros gritaram “volta pra cadeia”. Ainda houve xingamentos e algumas garrafas plásticas foram jogadas na viatura policial.
O porteiro do prédio de Adriana, que não quis se identificar, disse que a Justiça determinou que ninguém tenha acesso a internet ou telefone enquanto estiver dentro do imóvel de Adriana e que uma caixa foi colocada na entrada do prédio para que os quatro funcionários da família Cabral deixem seus celulares. Isso já acontece há mais de três dias. Os filhos e familiares do casal também estão deixando seus aparelhos na portaria.
Durante a prisão domiciliar, Adriana não poderá deixar o apartamento, a não ser em situação de emergência, e só pode receber parentes de até terceiro grau, seus advogados e empregados domésticos. Ela não precisará usar tornozeleira nem terá a presença de policiais em casa ou nas imediações.
De acordo com a Veja, Adriana é acusada de participar de um esquema de corrupção comandado por Cabral, que também está preso. Adriana estava presa desde do final do ano passado. Ela foi autorizada a cumprir prisão domiciliar com base em uma norma do Código de Processo Penal que permite a mudança de regime de mulheres que tenham filho de menos de 12 anos e estejam cumprindo prisão preventiva. Adriana tem dois filhos, de 11 e 14 anos.
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