O jornal norte-americano The Washington Post e a revista britânica The Economist se manifestaram criticamente sobre a recente decisão de Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que resultou na suspensão do X, anteriormente conhecido como Twitter, no Brasil. Ambos os veículos de comunicação destacaram que a medida é excessiva e compromete de maneira imprópria a liberdade de expressão dos brasileiros.
O Washington Post considera a decisão um ato autoritário que não apenas restringe o direito à liberdade de expressão, mas também afeta negativamente a população em geral. O jornal argumenta que, embora Elon Musk, proprietário do X, seja frequentemente polêmico em suas postagens, ele tem o direito de expressar suas opiniões e deve ser submetido ao devido processo legal.
“Seja qual for a ameaça representada pelas contas que Moraes queria remover, a decisão de um funcionário do governo de limitar a expressão de 220 milhões de pessoas representa uma intimidação ainda maior” analisa o Washington Post.
A publicação também critica a decisão de Moraes de congelar os ativos da Starlink, outra empresa de Musk, comparando essas ações ao comportamento de regimes autoritários como os da China e da Rússia.
O Economist também expressou suas preocupações com a suspensão do X, sublinhando a importância da liberdade de expressão como um valor fundamental. Apesar de reconhecer que Elon Musk tem uma abordagem controversa em relação à moderação de conteúdo, a revista defende que as medidas que cerceiam a liberdade de expressão são problemáticas. “A capacidade de falar livremente é talvez o valor liberal essencial”, afirma a Economist.
A revista convoou aqueles que defendem valores liberais a se posicionarem contra restrições à liberdade de expressão e a se manifestarem em defesa desse direito fundamental.
Com colaboração da repórter Izabella Furtado
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