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Pressionado por países vizinhos, Maduro pede para conversar com Lula

Segundo fontes, a ligação poderia ter ocorrido nessa quarta, mas a agenda de Lula estava cheia.

O governo de Nicolás Maduro solicitou, nesta quarta-feira (31), uma conversa por telefone com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, através do embaixador venezuelano no Brasil, Manuel Vadell. A conversa, ainda sem hora marcada, deve acontecer nesta quinta-feira (1º). Segundo fontes, a ligação poderia ter ocorrido nesta quarta-, mas a agenda de Lula estava cheia.

Lula ainda não reconheceu o resultado das eleições venezuelanas anunciadas pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que declarou Maduro vencedor com 51% dos votos contra 44% de Ernesto González, principal candidato da oposição. O governo brasileiro informou que aguardará a divulgação das atas eleitorais para se posicionar. Desde o último domingo, o site do CNE está fora do ar e as atas ainda não foram apresentadas.

Na terça (30), Lula comentou pela primeira vez sobre o pleito, afirmando estar convencido de que o processo eleitoral foi normal e tranquilo, mas defendeu a apresentação das atas para resolver a disputa. O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, também questionou os resultados das eleições, pedindo transparência e que Maduro aceite qualquer que seja o resultado.

Ainda nesta quarta, a Organização dos Estados Americanos (OEA) tentou aprovar uma resolução exigindo a divulgação imediata das atas eleitorais, mas não obteve apoio suficiente, com abstenções de países como Brasil, Colômbia e México. A resolução também defendia uma verificação abrangente dos resultados por organizações independentes para garantir a transparência e legitimidade do processo.

Em retaliação às preocupações expressas por diversos países, o regime chavista exigiu a retirada imediata dos representantes diplomáticos da Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai.

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