O arcebispo italiano Carlo Maria Viganò, que chamou o papa Francisco de “servo de Satanás”, foi excomungado da Igreja Católica nessa sexta-feira (5). Segundo o Vaticano, a decisão foi tomada devido à recusa do religioso em reconhecer a autoridade do sumo pontífice.
“Em diversas ocasiões, nos últimos anos, o ex-núncio [da Igreja Católica] nos EUA declarou que não reconhecia a legitimidade do Papa e do último Concílio. Incorre-se na excomunhão latae sententiae pelo próprio fato de ter cometido o delito”, afirma um comunicado divulgado no site Vatican News.
Crítico fervoroso do papa, Viganò chegou a acusar Francisco de ter conhecimento sobre crimes sexuais que ocorriam na Igreja Católica, alegando que o pontífice não tomou as devidas providências. No entanto, o arcebispo não apresentou provas que sustentassem suas acusações.
Em dezembro do ano passado, Viganò criticou uma decisão do sumo pontífice que permitiu a bênção para casais homossexuais. Na ocasião, o arcebispo publicou uma declaração condenando a permissão da Santa Sé e falou em “falsos pastores e servos de Satanás”, referindo-se especificamente ao papa Francisco como um “usurpador que está sentado no trono de Pedro”.
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