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Presidente Lula defende volta da Venezuela ao Mercosul em meio à tensão política

País vai às urnas no dia 28 de julho, em votação marcada por exclusão de opositores e prisão de críticos.

Em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, o presidente Lula defendeu o retorno da Venezuela ao Mercosul. O país está suspenso por violação da cláusula democrática desde agosto de 2017 sob a ditadura de Nicolás Maduro.

Na Bolívia, o petista se reuniu com o presidente Luis Arce e se solidarizou pela quartelada em La Paz, denunciada como tentativa de golpe de Estado.


Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilNicolás Maduro e Lula
Nicolás Maduro e Lula

Lula comemorou a adesão da Bolívia ao Mercosul e disse que espera poder receber em breve a Venezuela de volta ao bloco. “O bom funcionamento do Mercosul, que tem a satisfação de agora acolher a Bolívia como membro pleno, concorre para a prosperidade comum. Esperamos também poder receber logo e muito rapidamente de volta a Venezuela”, afirmou o presidente.

“A normalização da vida política venezuelana significa estabilidade para toda a América do Sul”, continuou o presidente Lula, sem mencionar o cerco do regime à oposição.

A Venezuela vai às urnas no dia 28, em votação marcada pela exclusão de opositores, prisão de críticos e ausência de observadores da União Europeia (UE).

Comparação entre Bolívia e Brasil

O presidente Lula chegou a comparar a situação da Bolívia com a do Brasil. “Assim como no Brasil, a democracia boliviana prevaleceu depois de um longo caminho entrecortado por golpes e ditaduras. Em 2022, o Brasil completou o bicentenário de sua Independência num dos momentos mais sombrios da sua história. Em vez de celebrar, fomos tomados por uma onda de extremismo que desembocou no 8 de janeiro”, declarou.

Para Lula, a Bolívia “já havia provado desse gosto amargo com o golpe de Estado de 2019 e agora se viu acometido pela tentativa de 26 de junho”.

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