Um bombardeio na Faixa de Gaza deixou 22 pessoas mortas e outras 45 feridas e ainda danificou o escritório do Comitê Internacional da Cruz Vermelha que sempre fica rodeado de pessoas desalojadas. As informações foram divulgadas pela própria organização, nessa sexta-feira (21).
Em uma rede social, a entidade disse que várias vítimas foram levadas para o hospital. "Disparar tão perigosamente perto de estruturas humanitárias, cuja localização é de conhecimento das partes no conflito e que estão claramente marcadas com o emblema da Cruz Vermelha, coloca em perigo a vida dos civis e dos funcionários", lamentou a Cruz Vermelha.
Controlado pelo Hamas, o Ministério da Saúde de Gaza, acusou os militares israelenses de terem "atacado as tendas dos civis deslocados em Al-Mawasi". As forças israelenses intensificaram, nesta sexta-feira, bombardeios na Faixa de Gaza, segundo testemunhas.
Muitos palestinos também relataram bombardeios no centro do território e em Rafah, na região sul. Mais de 1 milhão das 1,4 milhão de pessoas que viviam em Rafah — em sua maioria deslocadas por causa da guerra — fugiram da região desde 7 de maio.
Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS) e levam em conta o início da operação terrestre de Israel na área. De acordo com a Organização das Nações Unidas (UNU), após mais de oito meses de guerra, a situação em Gaza é crítica, e a população está à beira da fome.
Início da guerra
A guerra foi iniciada em 7 de outubro de 2023, quando militantes do Hamas invadiram Israel e mataram 1.194 pessoas. E ainda 251 vítimas foram sequestradas e o Exército israelense estima que 116 pessoas continuam em cativeiro em Gaza, 41 das quais teriam morrido.
Israel reagiu e lançou uma ofensiva que já deixou pelo menos 37.431 mortos em Gaza, sendo a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do Hamas. Além disso, o Exército israelense anunciou, nessa sexta-feira (21), a morte em combate de dois soldados no centro de Gaza.
Com isso, são mais de 300 militares israelenses mortos desde o início da operação terrestre no território palestino, em 27 de outubro de 2023.
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