O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva condenou a retomada de sanções ao setor de petróleo da Venezuela anunciado pelos Estados Unidos nessa quarta-feira (17). A declaração foi feita pelo petista ainda no mesmo dia, em Bogotá, quando se reuniu com o presidente da Colômbia, Gustavo Petro.
Através de um comunicado assinado em conjunto com o presidente colombiano, Lula manifestou o seu repúdio a “qualquer sanção que unicamente serve para aumentar o sofrimento do povo venezuelano”.
Além disso, em nota, os dois ainda “exortaram governo e oposição a considerar a possibilidade de chegar a um acordo de garantias democráticas que possa ser referendado nas urnas”.
Para o governo brasileiro, as sanções dos EUA não funcionam e servem apenas para isolar a Venezuela. Para Lula o melhor seria aproximar o governo do presidente venezuelano dos demais parceiros da América do Sul.
Sanções dos Estados Unidos
Nessa quarta-feira (17), os Estados Unidos anunciaram que vão retomar as restrições ao petróleo e ao gás venezuelano. O governo norte-americano havia suspendido as sanções em outubro de 2023, por seis meses, com a assinatura do Acordo de Barbados.
Os EUA levantaram parte das restrições, enquanto o governo da Venezuela libertou oposicionistas presos e também se comprometeu em realizar eleições transparentes. Porém Washington não renovou a decisão após a principal candidata da oposição a Maduro, María Corina Machado, ter sido impedida de disputar as eleições, além disso a candidata para substituí-la, Corina Yoris, também sofreu o impedimento de concorrer à presidência.
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