Aproximadamente cinco funcionários do Google foram presos após invadirem a sala do CEO da empresa, Thomas Kurian. O caso aconteceu na última terça-feira (16), no escritório da empresa localizado na Califórnia, nos Estados Unidos, e foi registrado em vídeos pelas pessoas que participaram do ato.
Os participantes ficaram por quase dez horas no escritório, enquanto gritavam que a empresa extinguisse contrato de serviços com Israel. Em um dos registros da invasão, um segurança pede que as pessoas saiam do local voluntariamente, caso contrário, as autoridades seriam acionadas para tomar os procedimentos cabíveis.
Diante da resistência do grupo, cerca de seis policiais estiveram no local para prestar apoio à ocorrência, e efetuaram a prisão das cinco pessoas. Em nota, os funcionários detidos reiteraram o pedido para que o Google anulasse o contrato de US$ 1,2 bilhão do Projeto Nimbus com Israel.
“Não viemos para o Google para trabalhar em tecnologia assassina. Ao se engajar nesse projeto, a liderança trai a nossa confiança, nossos princípios de inteligência artificial e nossa humanidade”, afirmou o engenheiro de software Billy Van Der Laar.
Esse contrato inclui a participação de duas big techs: Google e Amazon, que juntas trabalham em parceria com o Estado de Israel no fornecimento de serviços em nuvem para os militares e o governo israelense.
Funcionários invadiram a sala do CEO do Google na California por cerca de oito horas para demandar que a empresa cortasse relações com Israel. Foram presos. Esse é o nível do wokismo nessas empresas. pic.twitter.com/QczPqXDHmj
— Matt Montenegro (@eusouomatt) April 17, 2024
Manifestação
Ao mesmo tempo em que o grupo de funcionários invadia o escritório do CEO do Google, outros manifestantes realizavam um protesto em frente ao prédio da empresa situado em Nova York, impedindo o acesso de colaboradores. Eles também pediam o fim do contrato da big tech com o Estado de Israel.
“Impedir fisicamente outros funcionários de trabalhar e preveni-los de acessar nossas dependências são violações claras das nossas políticas, e nós vamos investigar e tomar atitudes. Esses funcionários foram colocados de licença-administrativa, e ao acesso deles ao nosso sistema foi cortado. Depois de negar vários pedidos para saírem do local, autoridades foram obrigadas a tirá-los dali para manter a segurança do escritório”, afirmou um porta-voz da empresa.
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