O Equador está imerso em uma onda de violência sem precedentes. Em apenas dois dias, mais de 15 pessoas foram mortas, incluindo um ataque armado na cidade portuária de Guayaquil, que resultou em oito mortes e oito feridos. A taxa de homicídios no país quadruplicou, passando de 6 por 100 mil habitantes em 2018 para um recorde de 43 por 100 mil em 2023.
No sábado, 30, vários homens armados abriram fogo contra um grupo de pessoas em Guayaquil, resultando em duas mortes. As outras vítimas foram levadas ao hospital, mas não resistiram aos ferimentos. Os feridos estão agora sob proteção policial. Este incidente ocorreu apenas dois dias após um massacre no balneário de Ayampe, onde cinco turistas foram sequestrados e mortos por traficantes de drogas.
Os criminosos, que invadiram o hotel onde os turistas estavam hospedados, confundiram as vítimas com membros de uma gangue rival. Em resposta a esses eventos, o presidente do Equador, Daniel Noboa, expressou solidariedade às famílias das vítimas e afirmou no Twitter que os traficantes não iriam intimidá-los.
Além disso, na Sexta-feira Santa, quatro pessoas, incluindo um oficial militar, foram mortas a tiros na cidade de Manta, a 100 quilômetros de Ayampe. A violência também se estendeu à política, com a prefeita da cidade costeira de San Vicente, Brigitte Garcia, sendo encontrada morta a tiros ao lado do diretor de comunicações do município, Jairo Loor, na semana anterior.
Em janeiro, após uma onda de violência desencadeada pela fuga da prisão do líder do grupo Los Choneros, Adolfo Macias, conhecido como Fito, Noboa declarou estado de emergência e afirmou que o país estava em guerra contra as gangues. Desde então, o exército foi colocado nas ruas e assumiu o controle das prisões do país. No ano passado, um recorde de 220 toneladas de drogas foram apreendidas. Nos últimos anos, uma série de rebeliões no Equador resultou na morte de cerca de 460 pessoas.
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