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Justiça britânica aceita recurso e adia extradição de Julian Assange

Fundador do WikiLeaks é acusado de espionagem por vazar informações sigilosas dos Estados Unidos.

O Tribunal Superior de Justiça de Londres acatou parcialmente, nesta terça-feira (26), recurso da defesa de Julian Assange, e adiou a extradição do fundador do WikiLeaks para os Estados Unidos, por acusações de espionagem.

Os juízes britânicos fixaram prazo de três semanas para o governo norte-americano apresentar mais informações que justifiquem a necessidade de extradição do ativista australiano, de 52 anos.


Foto: Reprodução/InstagramJulian Assange
Julian Assange

Caso seja extraditado para os EUA, Assange pode ser condenado a uma pena de até 175 anos de prisão, por vazar 700 mil documentos confidenciais sobre as atividades militares e diplomáticas norte-americanas, sobretudo no Iraque e Afeganistão.

Um dos conteúdos vazados era um vídeo que mostrava soldados norte-americanos executando 18 civis do alto de um helicóptero no Iraque. Outros vídeos exibiam assassinatos de jornalistas e outros abusos atribuídos a autoridades dos EUA e outros países.

Segundo governo estadunidense, os vazamentos do WikiLeaks foram um dos maiores vazamentos de informações confidenciais da história do país.

Julian Assange estava preso na Inglaterra desde 2019, depois de passar sete anos asilado na Embaixada do Equador em Londres. Ele buscou refúgio após ser acusado de agressão sexual na Suécia, denúncia que mais tarde foi retirada e comprovada ser improcedente.

Esposa pede liberdade

A advogada Stella Assange, esposa do fundador do WikiLeaks, tem liderado uma campanha pela liberdade do ciberativista.

“Julian Assange deve ser livre, ele não devia estar na prisão. É simples assim! Peço a todos que se juntem a ele. Clamem pela liberdade dele. Peçam ao governo Biden para desistir do caso”, afirmou Stella Assange em postagem nas redes sociais, após a decisão da Justiça britânica.

A companheira de Assange tem alertado sobre o estado de saúde frágil do australiano. As informações são de que o fundador do WikiLeaks teve a saúde mental bastante comprometida desde o início do processo movido pelos EUA.

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