O chefe do Hamas, Ismail Hnaiya, trabalhava como professor na Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA). Quem divulgou a informação foi Ahmad Oueidat, um ex-funcionário do órgão, durante uma entrevista cedida para a emissora britânica Al-Hiwar.
Oueidat afirmou que além de Haniya, o líder da Frente Popular para a Libertação da Palestina, Dr. Talal Naji, que faz parte do Hamas, também era professor na UNRWA. Ainda de acordo com o antigo funcionário, a agência tentou “constituir uma plataforma nacional e um braço longo, que permitiria aos refugiados palestinos obter os seus direitos e, acima de tudo, o direito ao retorno”.
Ele ainda explicou que chegou a ter um cargo de liderança na UNRWA e que teve que lidar com os ativistas que estavam envolvidos com o Hamas. “Os quadros docentes realmente abraçaram a sua profissão. Minha posição final foi chefe da Unidade de Desenvolvimento Profissional e Currículo, então tive de lidar diretamente com isso. Eles nos forçaram a remover fotos e vários tópicos”, disse Ahmad Oueidat.
O ex-funcionário afirmou que o grupo terrorista implantou algumas diretrizes dentro da UNRWA que não tinha relação nenhumas com “valores” e “herança” do órgão. “Usaram slogans sofisticados, como neutralidade, independência, imparcialidade e humanidade”, explicou Oueidat.
De acordo com o jornal The Jerusalem Post, vários professores da agência mantiveram alguns israelenses reféns na Faixa de Gaza depois do ataque terrorista. Com a informação, 16 países suspenderam o financiamento da UNRWA e a agência demitiu alguns funcionários acusados de ligações com o grupo terrorista, mas outros ainda permanecem.
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