O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, taxou a ação de Israel na Faixa de Gaza como “ilegal e imoral”. A declaração, feita neste domingo (17), ocorreu durante visita do chanceler à Cisjordânia, território palestino. Devido à guerra em Gaza, as relações diplomáticas entre Brasil e Israel estão em crise. Isso também é motivado por declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que, em 18 de fevereiro, comparou a ofensiva de Israel com o Holocausto, classificando as ações militares israelenses como “genocídio e chacina” do povo palestino.
“Permitam-me que o diga em alto e bom som. É ilegal e imoral privar as pessoas de alimentos e água. É ilegal e imoral atacar comboios humanitários e pessoas que procuram ajuda. É ilegal e imoral impedir que os doentes e feridos tenham acesso a material médico essencial. É ilegal e imoral destruir hospitais, locais religiosos e sagrados, cemitérios e abrigos”, declarou Mauro Vieira.
O Brasil estreitou a relação com autoridades palestinas. Neste domingo (17), o chanceler participou de cerimônia de outorga ao presidente Lula do título de Membro Honorário do Conselho dos Curadores da Fundação Yasser Araf. Ao realizar a entrega da honraria, o primeiro-ministro Mohammad Shtayyeh “louvou a coragem” do presidente brasileiro “na defesa da Palestina”.
Contra-ataque
Durante o discurso, o chanceler brasileiro também falou de uma “resposta desproporcional” de Israel aos ataques do Hamas em 07 de outubro, que deixou cerca de 1,2 mil pessoas mortas. Nessa mesma época, 250 cidadãos israelenses foram sequestrados pelos terroristas. Após cinco meses de retaliação das forças militares israelenses, 31 pessoas morreram.
Na ocasião estavam presentes o chanceler palestino, Riyad al-Maliki, e o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. Na agenda internacional de Mauro Vieira, ele ainda vai passar pela Palestina, Jordânia, Líbano e Arábia Saudita.
Por fim, o encontro culminou na defesa de Mauro Vieira para que a Palestina passe a ser membro da Organização das Nações Unidas (ONU), visto que 139 dos 193 membros já reconhecem a existência de um Estado Palestino independente.
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