A Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) lamentou o elogio proferido pelo grupo terrorista Hamas ao presidente brasileiro, após o petista comparar a ação de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto, evento no qual os nazistas mataram 6 milhões de judeus.
Em entrevista à Uol, o presidente da federação, Marcos Knobel, e o diretor jurídico Daniel Kigner, repudiaram o pronunciamento de Lula. A comparação da política de extermínio dos judeus com o combate ao terrorismo pode resultar em um estrago no país, conforme apontado pelos representantes da Fisesp.
“A engenharia nazista não tinha outra finalidade além de exterminar milhões de judeus e outros grupos minoritários, e seus objetivos foram atingidos ao menos seis milhões de vezes”, apontaram o presidente e diretor jurídico da federação.
É reiterado que a comparação entre esses dois acontecimentos é algo estruturalmente impossível pela inexistência de paralelo histórico entre o Holocausto e a tragédia humanitária na Faixa de Gaza, e por isso, classificou a fala de Lula como uma “vergonha”.
“Há, de fato, vergonhas e vergonhas pelas quais podemos passar enquanto nação, mas receber cumprimentos efusivos por parte de um grupo terrorista que executou 1.200 civis a sangue-frio, utilizando estupros e degolamentos como instrumentos de guerra, é constrangedor em um nível sem paralelo”, conclui o comunicado da Fisesp.
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