Os Estados Unidos estão próximos de descobrir quem será o novo presidente para os próximos quatro anos. As urnas começam a fechar nesta terça-feira (05), com a apuração seguindo por alguns dias. Por se tratar de um processo demorado, a imprensa norte-americana desempenha um papel fundamental em anunciar o candidato eleito antes dos resultados oficiais, uma prática denominada “call the race”, ou seja, “anunciar a disputa”.
A prática está em vigor desde 1848, com a mídia norte-americana prevendo os resultados da disputa eleitoral nos Estados Unidos. Na época, a agência de notícias Associated Press (AP) se prontificou a anunciar os resultados da disputa presidencial. Com o passar do tempo, o papel da imprensa aumentou cada vez mais, tornando-se peça-chave na entrega dos resultados.
No entanto, o sistema enfrenta desafios devido à apuração demorada, especialmente nos “estados-pêndulos”, onde a confirmação de um vencedor pode levar dias, pois não há um partido ou candidato favorito. Isso faz com que os eleitores de uma região descubram o resultado de outra região enquanto ainda estão votando.
Buscando passar cada vez mais credibilidade no anúncio do vencedor, a imprensa norte-americana criou em 1990 o Nation Election Pool (NEP), uma organização que utiliza dados de boca de urna para atualizar a apuração no momento exato. Meios de comunicação como CNN e ABC utilizam os dados fornecidos pela organização através da Edison Research.
Já em 2017, a Associated Press criou o AP VoteCast, que também traz dados da apuração de votos nos Estados Unidos. Ele é usado pelos veículos de comunicação Fox News e NPR. No entanto, em caso de disputas acirradas, a imprensa pode se antecipar e anunciar o vencedor, mantendo a autonomia na hora de divulgar os resultados eleitorais.
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