O Exército de Israel afirmou neste sábado (2) que matou Nasser Brigade, comandante da divisão de foguetes do Hezbollah, em um ataque no sul do Líbano. Brigade era acusado pelos militares israelenses de liderar ataques com foguetes contra Israel desde o início de outubro, intensificando os confrontos entre as forças israelenses e o grupo Hezbollah, ligado ao Irã, que tem realizado ataques em solidariedade ao Hamas desde o conflito iniciado em Gaza no mês passado.
Os embates entre Israel e Hezbollah nas últimas semanas aumentaram as tensões na região e reduziram as esperanças de um cessar-fogo. Neste sábado, um ataque a partir do território libanês deixou 11 feridos em uma cidade na região central de Israel. Uma casa foi atingida por um foguete, causando pânico entre os moradores.
"Saímos e vimos poeira, crianças gritando, mulheres gritando, e todos correram para a casa que foi atingida," relatou Qasim Mohab, um residente de Tira, que também confirmou que os moradores conseguiram evacuar e resgatar aqueles que estavam dentro da residência atingida.
Israel intensificou os bombardeios no Líbano como resposta aos ataques do Hezbollah. Na sexta-feira (1º), o Ministério da Saúde do Líbano divulgou que 52 pessoas morreram em bombardeios israelenses em mais de dez cidades na região de Baalbek, que abriga ruínas romanas reconhecidas como Patrimônio Mundial pela Unesco. Desde o início da escalada, o ministério libanês informa que mais de 2,8 mil pessoas foram mortas no país em decorrência dos ataques israelenses.
O Hezbollah, que conta com o apoio do Irã, começou a disparar foguetes contra Israel em 8 de outubro, um dia após os ataques do Hamas em território israelense, em uma demonstração de apoio ao grupo palestino. Os ataques do Hamas resultaram em 1,2 mil mortes e 251 reféns, segundo Israel. Desde então, os combates se espalharam para o Líbano e causaram vítimas em ambos os lados do conflito, com registros de 71 israelenses mortos em ataques do Hezbollah, conforme dados das autoridades israelenses.
Em Gaza, o Ministério da Saúde do território, administrado pelo Hamas, contabiliza mais de 43 mil palestinos mortos desde o início da ofensiva israelense em resposta aos ataques de outubro.
Ver todos os comentários | 0 |