Izabella Furtado
Thomas Hoover, de 36 anos, acordou durante uma cirurgia em que os médicos se preparavam para remover seu coração para um transplante. Ele havia sido declarado morto por morte cerebral. O caso ocorreu no Baptist Health Richmond Hospital, onde o doador de órgãos estava internado após uma overdose de medicamentos. Embora o caso tenha ocorrido em outubro de 2021, os detalhes só foram divulgados recentemente pelo site NRP.
Natasha Miller, funcionária responsável pela preservação de órgãos, relatou que, ao ser levado para a sala de cirurgia, Thomas apresentava sinais de vida. "Ele estava se movendo e lágrimas escorriam", afirmou. Durante o procedimento, os dois médicos responsáveis recusaram-se a continuar a cirurgia. Natasha também mencionou ter ouvido o coordenador da Kentucky Organ Donor Affiliates (KODA) solicitar a substituição dos médicos para a realização do procedimento.
Outra funcionária da KODA, Nyckoletta Martin, revisou o caso e confirmou que Thomas apresentou sinais de vida durante os testes. Segundo ela, os médicos apenas sedaram Thomas após ele acordar, mas mantiveram os planos de coleta de órgãos.
A irmã de Thomas, Donna Rhorer, foi informada de que os movimentos do irmão eram reflexos, não sinais de vida, quando ele foi transferido da unidade de terapia intensiva para a sala de cirurgia. Thomas, que havia sofrido uma overdose, chegou a abrir os olhos durante o deslocamento.
Thomas sobreviveu ao incidente e atualmente vive com sua irmã, embora enfrente desafios relacionados à memória e mobilidade.
O procurador-geral de Kentucky anunciou que o caso está sendo investigado, e a Administração Federal de Recursos e Serviços de Saúde também iniciou uma apuração.
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