Os Estados Unidos ameaçam voltar a aplicar sanções contra a Venezuela, caso a Justiça mantenha a proibição que impede a candidata presidencial Maria Corina Machado de concorrer ao cargo. A informação foi divulgada por um representante do governo americano e noticiada pelas agências de notícias Reuters e Bloomberg.
A decisão do Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela, tomada na sexta-feira, significa que Maria Corina Machado não pode registrar sua candidatura para as eleições presidenciais marcadas para o segundo semestre de 2024. Em resposta, os EUA estão considerando não prorrogar a licença para que a Venezuela exporte petróleo em abril e estão pensando em impor novas medidas.
Em outubro, os EUA aliviaram as sanções ao setor de petróleo da Venezuela, que produzem efeitos economicamente debilitantes ao país exportador da commodity. Isso ocorreu depois que o governo do presidente Nicolás Maduro assinou um acordo com a oposição, no qual Caracas se comprometeu a realizar eleições presidenciais livres e justas em 2024.
Na sexta-feira, o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, já havia dito que os EUA estavam revendo a política de sanções à Venezuela “com base neste desenvolvimento e nos recentes ataques políticos aos candidatos da oposição democrática e à sociedade civil”. Miller disse que a decisão do tribunal da Venezuela foi “profundamente preocupante” e contraria os compromissos assumidos por Maduro de permitir que todos os partidos selecionassem seus candidatos para as eleições presidenciais.
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