Rauena Pinheiro
O prisioneiro, Kenneth Eugene Smith, de 58 anos, foi o primeiro a ser executado por asfixia com nitrogênio, no estado do Alabama, nos Estados Unidos. A execução ocorreu na noite de quinta-feira (25). Esse foi o primeiro caso de execução de prisioneiro realizado por meio desse método no país norte-americano.
O método consiste em amarrar o preso em uma maca e forçá-lo a respirar gás nitrogênio por meio de uma máscara, cortando o oxigênio completamente. Desde 1982, os EUA utilizam a injeção letal na execução dos presos.
Smith já havia sobrevivido a uma tentativa de execução por injeção letal em 2022, quando os profissionais da prisão não conseguiram encontrar uma veia adequada para aplicação da substância.
Desde 2018 que o método de execução por asfixia com nitrogênio já era aprovado no Alabama, por conta da falta de medicamentos necessários para a injeção letal. A decisão de utilizar o gás como método gerou polêmica. A defesa chegou a alegar que Smith estava sendo submetido como uma “cobaia” a um procedimento novo e experimental.
A porta-voz do alto comissariado da ONU para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani, criticou a escolha do método que jamais havia sido testado. Outros especialistas afirmaram que induzir a asfixia viola tratados contra tortura, além de ser cruel e desumano.
Quem era Kenneth Eugene Smith
Nascido em 4 de julho de 1965, o norte-americano Kenneth Eugene Smith, de 58 anos, é um criminoso condenado, em 1988, pelo assassinato de Elizabeth Sennett. Segundo as autoridades dos Estados Unidos, ele e um cúmplice, identificado como John Forrest Parker, foram contratados pelo pastor Charles Sennett, marido de Elizabeth, para cometer o crime.
De acordo com a investigação, o pastor estava endividado e por isso encomendou a morte da esposa para que pudesse ficar com o valor do seguro de vida da mulher. Porém, após o crime John tirou a própria vida.
Os dois assassinos foram condenados. Parker foi executado por injeção letal em junho de 2010.
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