O fotojornalista Sai Zaw Thaike foi condenado a 20 anos de prisão com trabalhos forçados após noticiar um ciclone mortal em Mianmar. A informação foi divulgada nessa quarta-feira (06) pelo Myanmar Now, site de notícias independente em que o profissional trabalhava, na qual colegas e profissionais denunciam a anulação da liberdade de imprensa no país.
Ele estava na cidade de Sittwe, no Estado de Rakhine, quando exerceu seu trabalhar o noticiar as consequências causadas pelo ciclone Mocha. Cerca de 148 pessoas, sendo boa parte da minoria muçulmana Rohingya, apátrida em Mianmar. Além disso, 186 mil edifícios também foram danificados.
A ditadura do Mianmar afirma que o fotojornalista promoveu a desinformação, incitação e sedição. Sai Zae Thaike foi preso no final de maio, e depois transferido em junho para a prisão de Insein, em Yangon, quando foi decretada sua prisão preventiva. Durante o processo, Thaike não teve direito a defesa, e foi condenado mesmo sem audiências judiciais. Na prisão, ele é proibido de receber visitas de familiares e de receber cartas.
O editor-chefe do Mianmar Now, Swe Win, se manifestou sobre a condenação do fotojornalista. "Todos os colegas de Sai Zaw Thaike no Mianmar Now e eu estamos profundamente tristes ao saber da longa sentença proferida contra ele. É mais uma indicação de que a liberdade de imprensa foi completamente anulada sob o governo da junta militar", pronunciou Swe Win.
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