O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, anunciou nesta terça-feira (22), durante uma reunião, que o país está preparado para iniciar a liberação da água radioativa da usina nuclear de Fukushima no Oceano Pacífico na quinta-feira (24), caso as condições climáticas e marítimas permitam.
Segundo o ministro, o governo fez tudo o que estava ao seu alcance para garantir a segurança do plano e proteger a reputação da indústria pesqueira do Japão. Ele afirma que essa medida é essencial para os anos de trabalho necessários para limpar a instalação onde ocorreu o colapso dos reatores há 12 anos.
Além disso, ele afirma que o governo continuará empenhado até a conclusão da liberação das águas e assumirá a responsabilidade para garantir que, após o término, a água seja devidamente tratada.
"O governo assumirá a responsabilidade até que o descarte da água tratada seja concluído, mesmo que isso leve várias décadas", disse Kishida.
A atitude do governo japonês é vista como polêmica e causou desconforto em outros países, como China e Coreia do Sul, transformando o assunto em uma questão política e diplomática. Hong Kong e Macau já anunciaram que vão proibir produtos da região de Fukushima e intensificar os testes de radiação em produtos pesqueiros japoneses, o que atrasa a liberação das mercadorias pela alfândega.
O país pretende despejar 31,2 mil toneladas de água radioativa até o final de março de 2024, o que esvaziaria dez tanques na área. Durante e após o despejo, a água do mar e a vida marinha serão monitoradas e testadas, e os resultados serão disponibilizados no site do governo.
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