O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta sexta-feira (21) que defenderá Belarus de qualquer agressão do “Ocidente”. A declaração ocorre no mesmo dia em que a Polônia anunciou o reforço de tropas na fronteira leste, na divisa com o país governado por Aleksandr Lukashenko.
A medida polonesa foi tomada após a chegada do Grupo Wagner em Belarus. Esse grupo é formado por mercenários ligados a Prigozhin, um empresário próximo a Putin. Nessa quinta-feira (20), as forças bielorussas fizeram exercícios militares com os integrantes do Grupo Wagner, o que gerou preocupação na Polônia.
O secretário do Comitê de Assuntos de Segurança e Defesa da Polônia, Zbigniew Hoffmann, classificou o treinamento como “uma clara provocação”. Por isso, o ministro da Defesa do país, Mariusz Blaszczak, decidiu redistribuir as tropas no leste do país, para “dissuadir um potencial agressor”.
Diante da movimentação militar na região, Putin aumentou o tom e sugeriu que a Polônia tem interesses em territórios que pertenceram à antiga União Soviética. Putin também acusou o país de “roubar” partes do território de Moscou durante o último século, e ironizou os poloneses.
“Os territórios ocidentais da atual Polônia são um presente de Stalin para os poloneses”, afirmou o líder russo em uma reunião do Conselho de Segurança.
“Nossos amigos em Varsóvia se esqueceram disso? Vamos lembrá-los”, completou.
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