O submarino Titan, da empresa OceanGate, implodiu na última quinta-feira (22), segundo informações da Guarda Costeira dos Estados Unidos da América. A empresa construtora do submersível emitiu um comunicado confirmando a morte dos tripulantes.
O veículo contava com uma série de erros e de condutas imprudentes, que marcaram a construção e carreira do submersível.
Veja os erros abaixo
1 - Janelas do submarino suportariam pressão de até 1,3 mil metros
Em 2018, o então diretor de operações da OceanGate, David Lochridge, disse que o submersível suportaria uma pressão de até 1,3 mil metros de profundidade. No entanto, os destroços do Titanic estão a quase 4 mil metros de profundidade.
2 - Não possuía GPS
Em 2022, o repórter David Pogue, da rede de televisão americana CBS News, participou de uma viagem de exploração ao Titanic com o submersível OceanGate. Durante a reportagem, o jornalista mostrou que o submarino não tinha GPS e era guiado por mensagens de texto enviadas por um barco que ficava na superfície da água.
3 – Controle de videogame
Na mesma reportagem, David Pogue mostrou que o submarino era guiado por um controle de videogame. “Isso vai soar estranho para muitas pessoas, mas muito deste submersível é feito de peças improvisadas que estão prontas para uso. Por exemplo, você pilota-o com um controle de videogam”, disse Pogue.
Os comandos do Titan eram feitos por um controle adaptado do Logitech F710, que é um controle de videogame wireless, com preços que variam de R$ 175 a R$ 389,00.
4 – Carta com alerta de especialistas
Em 2018, a empresa OceanGate ignorou uma carta assinada por 38 empresários, que eram exploradores de águas profundas e oceanógrafos. A carta alertava sobre “resultados negativos com sérias consequências para todos” e enfatizava "os perigos potenciais para os passageiros do Titan quando o submersível atingir profundidades extremas".
5 – Problemas técnicos em expedições anteriores
O repórter David Pogue também disse que o Titan apresentava problemas técnicos na viagem que fez no ano passado. De acordo com ele, o Titan ficou mais de duas horas sem comunicação, perdido no Oceano Atlântico.
6 – Navegação em águas internacionais
O engenheiro mecânico e pesquisador, Bart Kemper, afirmou em uma entrevista que a OceanGate evitou cumprir regulamentos dos EUA. Para isso, a companhia levava o Titan para águas internacionais, onde as regras da Guarda Costeira americana não se aplicavam.
7 – Experimental
Outro trecho da reportagem da CBS News mostrou que o submersível era apenas experimental. A matéria mostra um momento em que o jornalista Pogue assina um documento reconhecendo que a nave aquática era uma “embarcação experimental” que não foi "aprovada ou homologada por nenhum órgão regulador e a viagem poderia resultar em ferimentos, trauma emocional ou morte".
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