Roteiristas de televisão e cinema de Hollywood entraram em greve nessa terça-feira (02), exigindo melhores condições de trabalho e salários. A paralisação foi aprovada mês passado pelo sindicato dos trabalhadores, o Writers Guild of America (WGA), após a suspensão das negociações com estúdios e plataformas de streaming.
Um comunicado do sindicato publicado nessa segunda-feira (01) argumentou que a resposta dos estúdios foi insuficiente para suprir a “crise existencial” vivida pelos trabalhadores.
Além das demandas exigidas, o uso de inteligência artificial na produção de roteiros também é um ponto em negociação. A categoria exige que os estúdios não utilizem a tecnologia para influenciar ou alterar seus trabalhos.
A greve pode afetar de imediato a exibição de programas de entrevista nos Estados Unidos, como os do Jimmy Kimmel e Stephen Colbert. Os dois apresentadores também são membros do sindicato e apoiaram a paralisação. A longo prazo, a greve pode influenciar também em estreias de filmes e de temporadas de séries.
É a primeira greve dos roteiristas de Hollywood desde o ano de 2007, quando houve uma paralisação que durou 100 dias e gerou prejuízo de milhares de dólares ao setor audiovisual. A expectativa, no entanto, é que a greve atual afete a indústria de forma menos intensa que a anterior.
Com colaboração de Rodrigo Mendes para o GP1
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