O ditador cubano Miguel Díaz-Canel adiou o tradicional desfile do Dia do Trabalhador em Cuba, que aconteceria nesta segunda-feira (01), por falta de combustível em todo o país. O evento acontecerá na próxima sexta-feira, dia 05 de maio.
O desfile ocorre desde 1959 e mobiliza milhares de cidadãos para assistirem o evento na Praça da Revolução, em Havana. Os integrantes se locomovem nos ônibus oferecidos pelo regime. Neste ano, Díaz-Canel culpou as chuvas, que estão atingido a região, pela falta de combustível.
Ulises Guilarte, secretário-geral da Central de Trabalhadores de Cuba, confirmou a suspensão do evento por conta da escassez de combustível. A população cubana é acometida de racionamentos há um tempo, sendo que a venda de gasolina e diesel foi controlada em algumas províncias. Veículos particulares foram proibidos de abastecerem para priorizar as locomotivas estatais. Em universidades, as aulas voltaram à modalidade on-line pelo estado de calamidade que Cuba vive.
Motivo
Uma queda de cerca de 50% nas exportações de Venezuela para Cuba, da última década para cá, é um dos principais fatores dessa crise. O acordo entre os países garante o fornecimento de combustível à ilha caribenha em troca de profissionais da saúde e da educação para Venezuela.
Segundo o jornal The Guardian, a declinação nas exportações de combustíveis se dá pela soma da pandemia da covid-19 e de erros na política e na economia do país. O caos atinge a população cubana com falta de alimentos, inflação acelerada, apagões constantes e alta da migração.
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