As autoridades talibãs no Afeganistão publicaram uma decisão que proíbe funcionárias afegãs de trabalharem na ONU (Organização das Nações Unidas). A organização anunciou nesta quarta-feira (5) que vai debater com representantes do governo de Cabul para discutir a medida e que considera a decisão “inaceitável e francamente inconcebível”.
Pelas redes sociais, a organização afirmou que se preocupa com as funcionárias e que pretende discutir a temática com as autoridades. “A ONU no Afeganistão expressa séria preocupação com o fato de funcionárias nacionais do sexo feminino terem sido impedidas de se apresentar para trabalhar na província Nangarhar. Lembramos às autoridades que as entidades das Nações Unidas não podem operar e fornecer assistência para salvar vidas sem uma equipe feminina", escreveu.
O porta-voz do secretário-geral das Nações Unidas, Stéphane Dujarric, argumentou que a medida pode afetar as operações da organização no país e classificou como "inaceitável". Ele ainda informou que cerca de 30 a 40% do corpo de funcionários integram as organizações humanitárias são gerenciadas por mulheres.
A informação inicial de proibição pelo Talibã seria que estava proibido a ação da Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão na província oriental de Nangarhar.
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