Neste domingo (26), eleitores cubanos foram urnas para escolher os 470 parlamentares que os representarão a Assembleia Nacional nos próximos cinco anos – tempo determinado para o mandato em Cuba. As eleições legislativas são as primeiras desde que os cubanos aprovaram uma nova Constituição em 2019.
No país, os candidatos são selecionados por comissões compostas por membros de grupos que representam diversos setores, como trabalhadores, universitários e pequenos agricultores, ou seja, não é direta. A eleição do presidente do país também não é definida por voto popular, sendo feita através dos representantes eleitos, que depois de 45 dias após o pleito de hoje se reunirão para eleger o presidente da República. É esperada a reeleição de Miguel Diaz-Canel.
Os critérios para eleição incluem mérito, autoridade moral, aceitação popular e adequada participação social. Metade dos candidatos podem ser os representantes eleitos em novembro do ano passado para as assembleias municipais.
Os possíveis candidatos escolhidos pelas comissões são confirmados por uma maioria de mãos levantadas nas assembleias municipais locais antes de avançarem para a votação.
Sem concorrentes da oposição
As eleições de Cuba são criticadas por alguns observadores externos como carentes de transparência ou oposição crível. O Partido Comunista é rotulado pela Constituição de Cuba de 2019 como “a força política motriz da sociedade e do Estado”.
Cuba defende seu sistema de partido único, dizendo que promove a unidade. Ao proibir as campanhas políticas, explica que eliminou a influência de corrupção do dinheiro na política. A nação também expõe que seu sistema de seleção de candidatos é mais inclusivo do que em outros lugares. Mais da metade são mulheres e 45% são negros. Não há supervisão internacional no pleito.
Ver todos os comentários | 0 |