A Bright Horizons, gestora de pré-escolas e creches na Grã-Bretanha, no Reino Unido, enviou um manual de “boas práticas” aos pais das crianças matriculadas. De acordo com a cartilha, as famílias não podem chamar as filhas de “bonitas e princesas”.
“É tão fácil cair no padrão de elogiar a aparência de uma menina, rotulando seu comportamento como ‘bom’ ou parabenizando-a quando ela faz algo perfeitamente", diz trecho do manual, ao mencionar que os elogios reforçam padrões da sociedade machista.
![Pais não podem chamar filhas de ‘princesas’ e ‘bonitas’, orientam creches](/media/image_bank/2023/3/pais-nao-podem-chamar-filhas-de-princesas-e-bonitas-orinone.jpg.950x0_q95_crop.webp)
As orientações também são para os pais eliminarem referências baseadas em gênero, como as frases: “mocinhas não se comportam dessa maneira”. Além disso, aconselha as famílias a encherem a casa com “livros, brinquedos e decorações que não estejam de acordo com os papéis específicos de gênero”.
Uma mãe, que preferiu não se identificar, contou que recebeu o texto do manual por e-mail e criticou a iniciativa da escola, por politizar o ambiente da creche. “A Bright Horizons está ditando aos pais suas próprias opiniões políticas sobre como criar os filhos", disse a mãe em entrevista ao Jornal britânico The Express.
A Bright Horizons foi fundada nos Estados Unidos em 1986, como prestadora de cuidados infantis para pais que trabalham, o grupo educacional se expandiu, hoje com mais de 700 centros educacionais nos EUA e no Canadá, além de outras 300 no Reino Unido.
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