Uma avaliação do Banco Mundial, divulgado nesta segunda-feira (27), estima que a Turquia deve gastar mais de U$$ 34,2 bilhões (equivalente a R$ 106 trilhões) para reverter os danos físicos causados pelos dois terremotos de magnitude 7.8 e 7.5, respectivamente, que atingiram o país no dia 06 de fevereiro.
Os abalos sísmicos seguem atormentando os turcos desde o início de fevereiro. Após os dois primeiros terremotos, um outro, de magnitude 6.3, atingiu o país no dia 20 de fevereiro. Já nesta segunda-feira (27), mais um terremoto, agora de 5.6 de magnitude, atingiu o leste da Turquia, deixando, até o momento, um morto e 70 feridos.
O maior desastre nos últimos 80 anos no país deixou 44.218 mortos, de acordo com a agência de desastres turca Afad. Ainda segundo o relatório, além das milhares de vidas destruídas, os custos para reerguer o país serão potencialmente duas vezes maiores que os U$$ 34,2 bilhões.
Según un informe de evaluación rápida del @BancoMundial @GFDRR publicado hoy, los dos terremotos de gran magnitud del 6 de febrero generaron daños directos en #Turquía por un valor estimado de USD 34 200 millones, equivalente al 4% del PIB del país en 2021. Conoce más:
— Banco Mundial (@BancoMundial) February 27, 2023
Para a entidade, o valor equivale a 4% do PIB turco em 2021. As 11 províncias afetadas pelos terremotos estão entre as regiões com maiores taxas de pobreza da Turquia.
Ainda de acordo com os dados do relatório Global Rapid Post-Disaster Damage Estimation (Grade), 1,25 milhão de pessoas ficaram temporariamente desabrigadas devido a danos moderados a graves ou colapso total de edifícios.
O Banco Mundial dividiu os gastos da seguinte forma:
53% (US$ 18 bilhões): danos diretos a edifícios residenciais;
28% (US$ 9,7 bilhões): danos diretos em edifícios não residenciais (unidades de saúde, escolas, prédios do governo e prédios do setor privado);
19% (US$ 6,4 bilhões): danos diretos relacionados à infraestrutura.
Em 9 de fevereiro, o Banco Mundial enviou à Turquia um pacote inicial de US$ 1,78 bilhão, mais de R$ 9 bilhões, em ajuda humanitária ao país.
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