O ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, despachou 222 presos políticos para exílio nos Estados Unidos e aprovou uma reforma, com ajuda do parlamento do país, que tira dos presos a nacionalidade nicaraguense.
Entre os exilados estão sete políticos que desafiaram o ditador na eleição de 2021 e acabaram encarcerados, incluindo a jornalista Cristiana Chamorro, que tentou se candidatar a presidência, mas foi acusada de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Ortega disputou o pleito sem adversários, tendo sido “eleito” para o quarto mandato consecutivo.
Os políticos saíram diretamente da prisão para um voo fretado até Washington, para um asilo político de dois anos. Eles denunciaram maus tratos e condições deploráveis nas prisões onde estavam detidos. A suspensão da nacionalidade nicaraguense é proibida pela constituição, mas o parlamento, dominado pelo ditador, aprovou uma modificação no artigo 21.
O regime de Daniel Ortega é alvo de críticas por várias lideranças no mundo. O atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no entanto, já teceu elogios ao ditador.
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