Wanessa Gommes
Dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa 2022), divulgados nessa terça-feira (05), mostram que sete a cada dez estudantes brasileiros de 15 anos não aprenderam o mínimo esperado de matemática.
Os números foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
O Pisa avalia como está a educação nos países nas áreas de matemática, leitura e ciências a cada três anos. Ao todo, 81 países foram avaliados. No Brasil, 10.798 estudantes de 599 escolas das redes pública e privada participaram do estudo.
É possível destacar, segundo os dados, que os alunos não conseguem resolver contas simples, nem comparar a distância entre duas rotas, por exemplo. Também não são capazes de fazer equações consideradas simples.
O percentual de alunos com baixo desempenho em matemática é de 31% nos países da OCDE, "clube dos ricos", enquanto no Brasil essa porcentagem é de 73%. Se comparado com os dados de 2018, o Brasil teve um aumento de 5 %, já que na época o percentual foi de 68%.
No Brasil, apenas 1% dos alunos obteve os melhores níveis de rendimento em matemática. Em Singapura, líder do ranking com os melhores resultados, 41% dos alunos alcançaram esse indicador.
Levando em consideração o ranking geral da disciplina, o Brasil ocupa a 64º posição. Já os estudantes de Singapura, Macau, Japão e Coreia ocupam as primeiras posições.
Alunos ricos
Ainda segundo os resultados, os estudantes brasileiros mais ricos conseguiram 77 pontos a mais do que os alunos pobres na matéria de matemática. Essa desigualdade, entretanto, foi menor em relação à média de 37 nações da OCDE, que fica em 93 pontos.
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