Embora seja considerada a terceira maior economia do mundo, o Japão tem enfrentado desafios que podem fazer o país perder a posição e prestígio no cenário econômico global. Segundo levantamento feito pelo governo japonês em dezembro, o Produto Interno Bruto (PIB) do país caiu 2,9% no terceiro trimestre de 2023. O número ainda é maior do que o esperado, que apontavam uma queda de 2,1%.
Isso se deve a instabilidade econômica enfrentada pelo país, causada especialmente pela falta de jogo de cintura para lidar com a inflação crescente, que já alcançou 3%, e a desvalorização do iene, a moeda japonesa, em comparação ao dólar.
Além disso, o consumo privado, que corresponde a mais da metade da economia em japonesa, também está em crise, e somente no último trimestre caiu 0,2%. No trimestre anterior, o índice ficou estagnado, em reflexo do recuo de investimento das empresas. Outro ponto que tem interferido para essa “crise” são as exportações.
Nos últimos três meses, esse setor, que vinha sustentando o crescimento do país, acabou enfraquecendo, também em decorrência da crise enfrentada pelas economias nos países parceiros, China, Estados Unidos e União Europeia (UE).
Ainda assim, outro fator que também implica nessa crise é o envelhecimento da população japonesa, que atualmente possui a população mais idosa do mundo, o que acaba implicando em maiores gastos das finanças públicas com saúde e previdência. Nesse mesmo contexto, há também a queda na mão de obra, o que também limita o crescimento do país.
Diante desse cenário, o Fundo Monetário Internacional (FMI) apontou que a Alemanha está cada vez mais perto de ultrapassar o Japão e se tornar a terceira maior economia do mundo. O Japão deve fechar o ano de 2023 com PIB de US$ 4,23 trilhões (R$ 21,01 trilhões), com uma queda de 0,2%, enquanto o PIB da Alemanha deve subir 8,4%, alcançando US$ 4,42 trilhões (R$ 21,95 trilhões).
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