Rauena Pinheiro
A Igreja Católica divulgou nesta quarta-feira (08), que aprovou que pessoas trans possam ser batizadas e também apadrinhar casamentos. A decisão foi em resposta a perguntas sobre transsexuais enviadas ao Vaticano, pelo bisco José Negri, da diocese de Santo Amaro (SP). O religioso, que é italiano, mora há muitos anos no Brasil.
A nova medida assinada pelo papa Francisco foi escrita pelo cardeal argentino Víctor Manuel Fernández. A publicação do texto foi feita no dia 31 de outubro, porém só foi divulgado no site do Dicastério para a Doutrina da Fé, departamento que tem o cardeal Víctor como prefeito, nessa quarta-feira (08).
Segundo o Vaticano, “um transexual, que mesmo alguém que tenha sido submetido a tratamento hormonal e cirurgia de redesignação de sexo – pode receber o batismo nas mesmas condições que outros fiéis”.
Porém, o documento completa que essas pessoas podem ser batizadas e apadrinhar casamentos “se não houver situações em que haja risco de gerar escândalo público ou desorientação entre os fiéis. No caso de crianças ou adolescentes com problemas naturais transexuais, se bem preparados e dispostos, podem receber o batismo”, completa.
No caso de serem padrinhos de batismo, o papa não proibiu e deixou a decisão a critério de cada padre. O texto pediu que ao tomar suas decisões os padres tenham “prudência”. Uma das perguntas feitas pelo bispo do Brasil não teve resposta clara, se casais do mesmo sexo podem batizar criança adotada por eles ou concebida por barriga solidária.
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