María Corina Machado, líder da oposição venezuelana, venceu as primárias presidenciais de domingo com 93% dos votos, segundo a contagem final divulgada na quarta-feira (25). Ela prometeu privatizar a empresa estatal de petróleo PDVSA se for eleita presidente. No entanto, sua candidatura ainda é incerta, pois ela foi impedida de concorrer por apoiar as sanções contra o governo de Nicolás Maduro.
Machado, de 56 anos, derrotou facilmente seus rivais na votação para escolher um candidato unificado da oposição para enfrentar Maduro na eleição presidencial do próximo ano. O ex-parlamentar Carlos Prosperi ficou em segundo lugar com apenas 4%, segundo a Comissão Nacional de Primárias, que declarou os resultados conclusivos após apurar 91,3% das urnas.
Machado já havia reivindicado sua vitória logo após a votação, quando uma contagem inicial de cerca de um quarto dos votos mostrou que ela estava caminhando para uma vitória esmagadora. Ela disse que sua vitória foi um sinal de que os venezuelanos querem uma mudança radical no país, que sofre com um prolongado colapso econômico e o êxodo de mais de 7 milhões de pessoas.
No entanto, sua candidatura enfrenta um grande obstáculo legal, pois ela foi proibida de ocupar cargos públicos por causa de seu apoio às sanções impostas pelos Estados Unidos e outros países contra o governo de Maduro. O presidente socialista, no poder há uma década, acusa Machado e outros opositores de serem agentes do imperialismo e de tentarem derrubá-lo por meios violentos.
O governo dos EUA ameaçou reverter o alívio das sanções se o governo de Maduro não suspender as proibições que afetam algumas figuras da oposição. Opositores têm dito há anos que as proibições são usadas pelo partido governista para ajudá-lo a permanecer no poder. Machado disse que vai recorrer à Justiça para garantir seu direito de concorrer à Presidência e que não vai desistir de sua luta pela liberdade da Venezuela.
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